AQUILES EMIR
Apesar de favorecido por três fins de semana prolongados devido a feriados na sexta ou na segunda-feira, o mês de abril registrou uma queda de 6,2% no movimento de passageiros que entraram e saíram da cidade pela via aérea. Ao contrário do que ocorreu na capital, em Imperatriz foi registrado um aumento de 2,1%, no mesmo mês, conforme estatística da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
De acordo com os números da estatal, os embarques e desembarques no Aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado, na capital, em abril deste ano, somaram 113.819 contra 121.370 de março, apesar dos feriados da Semana Santa, Dia de Tiradentes e 1º de maio (caiu numa segunda-feira, possibilitando três dias de folga na soma com os últimos sábado e domingo de abril). Este movimento deu a variação negativa de 6,2%, ou seja, 7.561 passageiros a menos.
Já no Aeroporto Renato Cortez Moreira, de Imperatriz, os embarques e desembarques de abril somaram 23.348, enquanto em março tinham sido 22.853, o que dá uma variação positiva de 2,1%, isto é, 515 passageiros a mais.
Na soma dos dois aeroportos, em abril foram registrados 137.267 passageiros que embarcaram ou desembarcaram no Maranhão, 6.859 a menos dos que passaram no mês de março, que registrou um movimento de 144.223.
Na comparação com abril do ano passado, o aeroporto de São Luís registrou uma queda de 1,16%, porque no mesmo mês de 2016, o movimento no Cunha Machado foi de 115.164. Já Imperatriz, com um movimento de 21.684 em 2016 teve um aumento este ano de 7,6%. Somados, os dois aeroportos movimentaram, em abril do ano passado, 136.848, o que significa dizer que houve um aumento de 0,3%, graças a Imperatriz.
No acumulado dos quatro meses, em 2016 passaram pelos aeroportos maranhenses, 665.977 passageiros, enquanto entre janeiro e abril deste ano, 605.806, o que corresponde a um total de 60.171 passageiros a menos, ou seja, uma queda de 9,0%.
Turismo – De acordo com um dirigente da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav), esta queda no movimento de passageiros no transporte aéreo vem se verificando desde 2015, apesar dos esforços do governo em reduzir combustível de aviação, porque o Maranhão praticamente sumiu da prateleira do turismo nacional.
As participações em eventos nacionais, segundo ele, têm sido muito tímidas, ao contrário dos governos anteriores, principalmente na gestão de Jackson Lago, e para completar não há divulgação dos principais eventos, seja na mídia local ou não nacional e regional.
Para citar um exemplo, este empresário disse que faltando menos três semanas para o início das festividades juninas, até hoje ninguém sabe qual vai ser a estrutura: quantidade de arraiais, atrações, municípios que receberão incentivos e outros detalhes que ficam bem definidos num estado de vocação turística.
Outro fator que está contribuindo para afastar visitantes é a situação em que se encontra São Luís, maltratada pela péssima infraestrutura, limpeza precária, praias poluídas etc.