Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira (26) pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) mostra que a avaliação do governo Jair Bolsonaro é positiva para 38,9% dos entrevistados, contra 19,0% de avaliação negativa. Para 29,0%, a avaliação é regular e 13,1% não souberam opinar. A aprovação do desempenho pessoal do presidente atinge 57,5% contra 28,2% de desaprovação, além de 14,3% que não souberam opinar.
Esta é a 143ª Pesquisa CNT/MDA e foi realizada de 21 a 23 de fevereiro, com o objetivo de obter uma avaliação dos índices de popularidade do governo e pessoal do presidente, bem como medir a expectativa da população em relação a emprego, renda, saúde, educação e segurança pública nesse início do novo mandato presidencial.
A pesquisa traz também opinião da população sobre os principais desafios do governo, posse de arma, pacote anticrime, combate à corrupção, novos ministérios, entre outros temas políticos. Há ainda um bloco específico sobre tecnologia e inovação. Os entrevistados responderam, por exemplo, se acham que a tecnologia coloca o emprego deles em risco.
Foram ouvidas 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 Unidades Federativas, das cinco regiões. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança.
Conheça o que o brasileiro pensa do novo governo:
Expectativa para os próximos seis meses:
- Emprego: vai melhorar: 51,3%, vai piorar: 17,2%, vai ficar igual: 28,7%
- Renda mensal: vai aumentar: 33,8%, vai diminuir: 9,6, vai ficar igual: 51,2%
- Saúde: vai melhorar: 41,7%, vai piorar: 19,2%, vai ficar igual: 36,0%
- Educação: vai melhorar: 47,2%, vai piorar: 15,6%, vai ficar igual: 34,8%
- Segurança pública: vai melhorar: 53,3%, vai piorar: 17,5%, vai ficar igual: 26,3%
Política – Novo governo
- 82,7% afirmam que votaram para presidente em 2018. Desses, 70,4% estão satisfeitos com o voto e 15,9% estão muito satisfeitos. Já 7,6% estão arrependidos.
- Para 55,4%, o governo Jair Bolsonaro está sendo melhor que o governo Michel Temer. 24,3% consideram que está sendo igual e 8,7% avaliam que está pior.
- Na comparação do governo de Dilma Rousseff e de Jair Bolsonaro, 55,9% acham que o governo Jair Bolsonaro está sendo melhor. 19,4% avaliam que está pior e 14,5% consideram que está sendo igual.
- Ao serem questionados se Jair Bolsonaro reúne as condições para unificar os brasileiros, 40,5% responderam que sim, que a atuação dele vai contribuir para reduzir a separação política entre as pessoas. Já 21,6% afirmam que vai acirrar a separação política e 18,1% avaliam que não vai alterar.
Sobre os principais desafios do governo atual:
- Saúde: 42,3%
- Segurança: 34,3%
- Educação: 31,6%
- Corrupção: 29,2%
- Emprego: 23,7%
- Economia: 14,3%
- Combate à pobreza: 13,3%
- Meio Ambiente: 1,5%
- Saneamento: 1,0%
- Energia: 0,9%
- Transporte: 0,8%
Sobre aprovações e desaprovações gerais:
- Reestruturação dos ministérios e órgãos federais: 62,2% aprovam e 21,3% desaprovam.
- Salário mínimo em R$ 998,00: 29,5% aprovam e 66,9% desaprovam.
- Decreto que flexibiliza a posse de armas: 42,9% aprovam e 52,6% desaprovam.
- Reforma da Previdência: 43,4% aprovam e 45,6% desaprovam.
- Pacote anticrime: 62,0% aprovam e 18,8% desaprovam.
- Em relação ao combate à corrupção, 48,3% avaliam que o governo do presidente Jair Bolsonaro está conforme o esperado, quando comparado com as promessas de campanha.
- Para 21,6%, está pior que o esperado. Já 20,6% consideram que está melhor.
- Sobre os ministros e os ministérios, 44,2% os consideram ótimos ou bons. Já 30,6% acham que são regulares e 13,9%, ruins ou péssimos.
- Para 57,6%, o governo Jair Bolsonaro mudará para melhor a vida dos brasileiros. 27,5% acham que não mudará e 8,1% consideram que mudará para pior. Entre aqueles que consideram que a mudança será para melhor, 34,8% acreditam que isso ocorrerá em dois anos.
Situação política:
- 58,3% estão acompanhando ou ouviram falar do caso do ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, que foi exonerado pelo presidente Jair Bolsonaro. Entre eles, 54,5% acham que a exoneração foi justa.
- Também entre os que sabem da exoneração, 73,3% acreditam que o filho de Jair Bolsonaro, o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, influenciou na demissão do ministro Gustavo Bebianno.
- 85,9% consideram que a população tem direito de saber o motivo das demissões de ministros.
- Para 56,8%, os filhos do presidente Jair Bolsonaro (o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro; o deputado federal Eduardo Bolsonaro; o senador Flávio Bolsonaro) estão interferindo nas decisões do pai na Presidência da República.
- 75,1% avaliam que familiares, independentemente de serem ou não políticos, NÃO devem influenciar um presidente da República nas suas decisões de governo.
- 39,2% confiam mais no presidente Jair Bolsonaro do que no seu vice Hamilton Mourão. Já 27,5% disseram não confiar em nenhum dos dois e 16,3% confiam igualmente nos dois. Outros 6,6% dos entrevistados disseram que não conhecem o vice-presidente e 6,0% confiam mais nele do que em Jair Bolsonaro.
Confiança nas instituições:
- Igreja: 34,3%
- Bombeiros: 19,7%
- Forças Armadas: 16,0%
- Justiça: 9,8%
- Polícia: 4,1%
- Imprensa: 3,7%
- Governo: 2,4%
- Congresso Nacional: 1,0%
- Partidos políticos: 0,2%