Aproximadamente 63% dos apostadores acreditam na vitória de Donald Trump

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Suspeito é preso durante comício de Donald Trump no sul da Califórnia (AP Photo/Julia Nikhinson)

Republicanos devem assegurar 51 assentos no Senado

Analisando as apostas atuais nos Estados Unidos em relação às eleições presidenciais, observa-se um cenário intrigante. Aproximadamente 63% dos apostadores estão confiantes na vitória de Trump. Esta projeção otimista baseia-se principalmente na situação ainda indefinida em sete estados-chave (Pensilvânia, Geórgia, Carolina do Norte, Michigan, Arizona, Wisconsin e Nevada) onde Trump mantém uma liderança, ainda que por margem estreita em alguns casos.

Essa vantagem, mesmo que pequena, alimenta a expectativa de que a previsão dos apostadores possa se materializar no complexo sistema do Colégio Eleitoral americano, que determina o vencedor final da corrida presidencial.

Conforme relatado na semana anterior, há alta probabilidade de que os republicanos assegurem 51 assentos no Senado, com possibilidade de conquistar mais um ainda em disputa. Mesmo se este assento indefinido for conquistado pelo Partido Democrata, a composição final do Senado ficaria em 51–49 a favor dos republicanos, independentemente do resultado da eleição presidencial. Esta maioria republicana no Senado teria implicações significativas para a aprovação de leis e nomeações importantes, incluindo juízes federais e membros do gabinete presidencial.

A incerteza persiste de maneira mais acentuada em relação às eleições para o Congresso, particularmente para a Câmara dos Representantes. Neste cenário, um número considerável de distritos eleitorais em diversos estados ainda não apresenta uma tendência clara sobre qual partido sairá vitorioso. Esta indefinição na Câmara adiciona uma camada extra de complexidade ao cenário político pós-eleição, pois o controle desta casa do Congresso é crucial para a aprovação de legislações e para estabelecer a agenda legislativa do país.

Os eleitos, com segurança ou mais provável, tem um placar de 206 para os democratas e 206 para os republicanos. Há ainda 23 lugares nao definidos.

Imigrantes – Em um desenvolvimento jurídico significativo, a Suprema Corte dos Estados Unidos reafirmou que imigrantes em situação irregular não têm direito ao voto, conforme decisão recente. Este veredito teve um impacto considerável nas expectativas do Partido Democrata, que tradicionalmente conta com o apoio de comunidades imigrantes.

A impossibilidade de imigrantes não documentados votarem representa um revés para a estratégia democrata de expandir sua base eleitoral, potencialmente facilitando uma vitória mais expressiva para os candidatos republicanos em várias disputas eleitorais pelo país.

Dois outros fatores dão esperança aos republicanos. O primeiro é que vários lobbies — entenda-se grupos econômicos, financiados inclusive por Elon Musk — estão trabalhando para que os eleitores republicanos compareçam às urnas antes das eleições. Isso tem gerado uma esperança maior do que o habitual, pois tradicionalmente os republicanos deixavam para votar no último dia e, por razões climáticas, cansaço ou mesmo desinteresse, acabavam não comparecendo às urnas, o que diminuía consideravelmente suas chances de eleger candidatos.

O segundo fator que tem dado esperança aos republicanos é o fato de que sua oponente Kamala não tem participado de debates. O presidente Trump já concedeu o dobro de entrevistas em comparação a Kamala. Os eleitores, especialmente os jovens, esperam dela explicações sobre três questões que preocupam o eleitorado americano: a economia, a imigração e, embora menos importante no processo eleitoral, a política externa.

Isso fez com que ela, após atingir o pico de popularidade devido ao apoio da mídia e à unificação do Partido Democrata em torno dela, perdesse uma expressiva parcela dos votos, tanto entre os eleitores independentes quanto entre os jovens.

Não vendo essa definição, particularmente a esquerda mais radical pode se desinteressar de apoiar seu nome. A abstenção na eleição americana é, seguramente, um dos maiores riscos que os candidatos enfrentam.

(Com informações da Oxford)

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