General Villas Boas repudia qualquer sinal de impunidade
AQUILES EMIR
Às vésperas do julgamento pelo Supremo Tribunal Federal do habeas corpus que pode livrar o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) da prisão, o comandante do Exército Brasileiro, General Eduardo Villas Boas, publicou nesta terça-feira, em sua conta no Twitter, duas postagens de caráter ameaçador. Ele questionou se interesses pessoais não estariam se sobrepondo ao bem de toda a sociedade, tanto no presente quanto para o futuro.
Segundo o general, os militares estão atentos “às suas missões institucionais” e repudiou qualquer sinal de impunidade.
As mensagens foram postadas no mesmo momento em que aconteciam atos em várias cidades do Brasil em favor da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cujo pedido de habeas corpus será julgado nesta quarta-feira.
Villas Boas sempre se colocou contra qualquer pedido de intervenção militar no país, dizendo que isso era um fantasma do passado. Mas, também nesta terça-feira (03), o general da reserva Luiz Gonzaga Schroeder Lessa defendeu um golpe militar, caso o STF conceda o habeas corpus para Lula.
Outro militar hoje na reserva, o general Antônio Hamilton Mourão também defendeu, em mais de uma ocasião, a necessidade das Forças Armadas intervirem se o país ficar em uma situação de “caos”. Ele se aposentou neste ano e, na saída, foi elogiado por Villas Boas.
Na primeira, ela diz: “Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais”.
Na segunda postagem, o general chega a indagar, de forma indireta, quem atua para defender o Brasil e quem está apenas defendendo interesses pessoais. Diz ele: “Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do País e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais”.
As mensagens do general são seguidas de apoio, algumas delas de clara defesa de uma intervenção militar no país:
- “Se a Pátria Amada for um dia ultrajada, lutaremos sem temor!”
- “Entenderam a mensagem?”
- “Se os canalhas entenderam eu não sei. Mas o recado está dado!”
- “Parabéns pelas palavras, general!”
- “Suave nas palavras e duro na posição”.
Uma das mais entusiásticas, veio do General Miotto. Diz ele: “Comandante!!!!! Estamos juntos na mesma trincheira!!!pensamos da mesma forma!!! Brasil acima de tudo !!!! Aço !!!”
(Com dados da Agência Sputnik)