Ataque ucraniano contra território russo resulta em pelo menos 18 mortes, sendo duas crianças.

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Analistas acham que Zelensky se sente abandonado 

Localizada a cerca de 40 km da fronteira com a Ucrânia, a cidade russa de Belgorod foi alvo de um ataque terrorista que só não foi pior por conta da interceptação de mísseis pelo sistema de defesa do país. Prédios do governo e outras instalações civis foram atingidas pelo atentado, que deixou, além das vítimas fatais, 108 pessoas feridas. Conforme o Ministério da Defesa, foram usados dois mísseis Olkha com ogivas de fragmentação proibidas, além de foguetes Vampire fabricados pela República Tcheca, que é membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

O governo russo já declarou que o crime não ficará impune e o principal objetivo de Kiev é desviar o foco das constantes derrotas na frente de batalha na Ucrânia. Além disso, culpou os Estados Unidos e o Reino Unido de participação nos atos, por incitarem o regime de Kiev a ações terroristas.

“Na ausência da menor possibilidade de melhorar a situação deplorável das Forças Armadas Ucranianas ‘no terreno’, os anglo-saxões recorreram à táctica de levar a cabo ataques terroristas contra civis”, declarou Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, pouco após o país acionar o Conselho de Segurança das Nações Unidas, do qual é membro permanente, por conta dos ataques.

O professor titular de relações internacionais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Williams Gonçalves disse à Sputnik Brasil que o uso de armas proibidas contra a população civil da cidade, que tem pouco mais de 370 mil habitantes, torna o crime ainda mais grave. Para o especialista, o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, se sente abandonado pelos países ocidentais, que cada vez mais reduzem o envio de ajuda financeira ao país, e quer “chamar a atenção”. Porém, ele acredita que Zelensky não terá sucesso.

“Nos Estados Unidos, já há uma corrente muito forte que considera que ele [Zelensky] jamais ganhará e, por isso, precisa se preparar para negociar [com a Rússia]. Só que o custo político para ele é alto demais e vai tentar reaquecer o conflito”, argumentou.

Só nesta semana, foram repelidos 34 ataques em direção à República Popular de Donetsk, com a perda de quase 1,7 mil militares ucranianos, sete tanques e 13 veículos blindados.

Já o Exército russo realizou outros 50 contra alvos exclusivamente das Forças Armadas da Ucrânia, como complexos militar-industrial e locais de armazenamento de armas.

(Agência Sputnik com foto de Antônio Vergum)

 

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