Enquanto autoridades debatem crise política, o coronavírus avança no Maranhão e mata 524

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AQUILES EMIR

Em meio ao debate político em que se envolveram as autoridades maranhenses por conta do pedido de demissão de Nelson Teich, do Ministério da Saúde, o Maranhão chegou, nesta sexta-feira (15), a mais de 500 mortes por coronavírus, 28 delas ocorridas em 24 horas, o que mostra estar a pandemia em plena evolução no estado. Segundo o boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), já são 524 óbitos, 125 delas somente esta semana.

No boletim de domingo (10), o Maranhão aparecia com 399 óbitos. Na segunda-feira (11), foram registradas mais 24, pulando para 423; na terça-feira (12), foram mais 21, ou seja, subiu para um total de 444. Na quarta-feira (13), o estado chegou a 470, com registro de mais 26, e na quinta (14), a 496, com o registro de mais 26 e agora saltaram mais 28.

De acordo com o balanço desta sexta, já são mais de 11,5 mil os infectados no estado, onde foram aplicados mais de 22,7 mil testes. Confira os números:

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Política – Apesar da gravidade da crise do coronavírus, as autoridades maranhenses manifestavam mais preocupação com a crise política. “E no meio da pandemia, mais uma vez se perde o comando do Ministério. No meio de uma guerra, estamos trocando os generais. Difícil dar certo desse jeito”, criticou o secretário estadual de Saúde, Carlos Lula, numa referência à saída de Teich da Saúde.

Já o secretário de Comunicação e Assuntos Políticos, Rodrigo Lago, foi mais longe: “Pra mim, já deu! Tem que ser impeachment já! Colocar alguém no Palácio do Planalto que realmente governe o Brasil, que lidere a sociedade no enfrentamento dos graves problemas que enfrentamos. Chega de confusão todo dia, toda hora!”, pregou.

O governador Flávio Dino (PCdoB) não deixou por menos. “Não é um detalhe anedótico ele ser o único governante do planeta que demitiu dois ministros da saúde em meio ao caos sanitário. É revelador de como é forte o impulso autoritário que o nutre ele deseja implantar um regime que prevaleça sua própria vontade unilateralmente de modo incontrastável”, concluiu.

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