O Banco da Amazônia divulgou nesta segunda-feira (03) as demonstrações financeiras relativas ao primeiro semestre deste ano, em que teve um prejuízo superior a R$ 26 milhões. A Instituição contratou mais de R$ 2 bilhões com recursos de crédito de fomento e, desse montante, R$ 1,8 bilhão foi do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO).
O volume de contratações confirma a liderança do banco na concessão de todo o crédito de fomento na Região Amazônica, onde responde por 64% do total de negócios feitos no Norte do País com esse tipo de recursos.
“O resultado é fruto de todo um esforço da equipe do banco, na adoção de atitudes inovadoras em busca das melhores soluções de crédito para nossos clientes. Mesmo diante de cenário adverso, houve ação diligente e proativa de todos os colaboradores objetivando a melhoria de resultado da empresa”, afirma Valdecir Tose, presidente do Banco da Amazônia.
Uma das ações de destaque para obtenção do resultado foi a campanha de renegociações de dívidas permitidas pela Lei 13.340, que possibilitou que os produtores rurais em débito com o banco pudessem liquidar os saldos devedores existentes e pudessem atuar novamente no mercado. Outro fator que foi determinante foi o trabalho desenvolvido pelas Centrais de Crédito, unidades criadas pelo banco para o atendimento aos clientes no processo de análise do crédito.
Houve, ainda, aumento na Captação de Recursos, indicador composto pelos volumes de saldo médio de depósito à vista, a prazo, poupança, reinvestimento e LCA (Letras de Crédito do Agronegócio). Os depósitos tiveram um aumento de 61,3%, encerrando o primeiro semestre de 2018 com saldo médio de R$ 4,07 bilhões, enquanto que, no mesmo período do ano passado, esse valor foi de R$ 3,33 bilhões. Fruto também de ato de gestão, houve sensível redução nas despesas administrativas da Instituição.
Quanto ao Resultado, a empresa apresentou R$ 26,2 milhões negativos. Segundo o banco, eventos não recorrentes contribuíram para esse desempenho. Um deles foi o encerramento do processo de conciliação que ocorreu tendo como mediadora a Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal (CCAF) da Advocacia Geral da União (AGU), resultando no pagamento, por parte do banco, de retroativos ao Tesouro Nacional na ordem de R$ 65,5 milhões, referentes aos últimos quatro anos de remuneração do Instrumento Elegível a Capital Principal (IECP). Ainda segundo a Instituição, se não houvesse ocorrido esse fato a empresa teria resultado positivo no semestre.
“As contratações feitas no primeiro semestre demonstram que estamos no caminho certo. Nossas perspectivas são as melhores possíveis. Esperamos contratar, com crédito comercial, o valor de R$ 3 bilhões, e R$ 4,7 bilhões com crédito de fomento até dezembro de 2018”, afirma o presidente. Para o 2º semestre, o banco espera, ainda, o crescimento da carteira de crédito, considerando, principalmente, a disponibilização de novos produtos voltados ao público do agronegócio, bem como a ampliação da base de clientes, além da implantação de projetos corporativos na área digital que vão beneficiar a clientela.
Quanto à recuperação de crédito, a instituição diz que intensificará suas ações para reaver o equivalente a R$ 170 milhões até o final deste ano. No primeiro semestre, na área, foram recuperados R$ 52,7 milhões. E, no que diz respeito às liberações de crédito, o Banco da Amazônia planeja liberar R$ 4,5 bilhões com recursos de fomento para desenvolver a economia regional.