Rubens Júnior ensina o que não soube fazer em 2020: unidade para não perder eleição em 2022

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Rubens Júnior e Honorato Fernandes disputaram pela coligação liderada pelo PCdoB Prefeitura de São Luís

Secretário diz que desunião pode ser um caminho para a derrota

AQUILES EMIR

Apontado como um dos principais causadores da fragmentação do grupo do governador Flávio Dino (PCdoB) na eleição de 2020 em São Luís, por não abrir mão do seu projeto de concorrer à sucessão de Edivaldo Holanda Júnior (PDT), o deputado federal Rubens Júnior (PCdoB), agora secretário de Articulação Política, parece que vai se esforçar para que alguém do “Conglomerado Palácio dos Leões” desista de disputar o Governo do Estado, em 2022, em nome da unidade, pois, como enxerga, uma divisão pode resultar em derrota para o governo.

Numa entrevista concedida a Jorge Cabalau no Bom dia Mirante da TV Mirante, da TV Mirante, nesta segunda-feira (22), Rubens Júnior, do alto de sua experiência como articulador político, defendeu que seja lançado apenas um candidato, ou seja, pelo que imagina, o senador Weverton Rocha (PDT), a senadora Eliziane Gama (Cidadania) ou o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) vai ter de adiar seus projetos em nome da unidade.

Neste momento, quem mais unifica? Seria bom o secretário apontar.

Para Rubens Júnior essa unidade torna-se importante até porque a eleição terá um caráter plebiscitário, ou seja, o eleitor vai dizer nas urnas se aprova ou não o governo de Flávio Dino e é preciso que ele esteja representado por um nome apenas, evitando que dois ou mais se apresentem como legítimos porta bandeiras de sua causa, sem gozar, no entanto, simpatia da população suficiente para vencer o pleito, pondo em risco de contaminação o projeto de poder iniciado em 2015.

Se pensasse assim ano passado ou não se deixasse levar pelas ideias dos que se acham agora os maiores conhecedores de política no Maranhão, Rubens Júnior talvez tivesse contribuído para não interromper, tão facilmente, sem quase resistência, as mais de três décadas de mando do PDT na capital, mas insistiu em ser candidato e achava que iria conseguir convencer o eleitor tendo como discurso apenas duas palavras: “Lula” e “Dino”, tanto que quase ninguém lembra do que pretendia fazer pela cidade, se eleito.

Vamos dar um crédito a Rubens Júnior, pois fosse quem fosse o candidato do governo não venceria Eduardo Braide. Pelo menos assim diziam os institutos de pesquisa e as urnas confirmaram, mesmo com o espetáculo do governador num banco de praça apresentando um candidato de sua preferência.

Rubens Júnior pode estar certo, resta saber se como professor terá argumentos para convencer alunos rebeldes, como ele já foi. Boa sorte, camarada!

 

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