CONVERSA FRANCA
Lula não transfere o que esperam dele
Um dos principais argumentos utilizados pelos “aliados” para convencer o governador Carlos Brandão a deixar o PSDB para ingressar no PSB foi o de que estando numa legenda mais à esquerda seria mais fácil receber apoio do PT, e mais do que isso: a vinculação do seu nome ao do ex-presidente Lula.
Para muita gente, candidato com nome ligado a Lula é certeza de boa votação e uns acham até que somente com ele é possível vencer, mas no Maranhão nem sempre foi assim. Se não, vejamos:
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- Em 2002, quando se elegeu presidente, Lula apoiou para governador no Maranhão o “companheiro” Raimundo Monteiro, mas o eleito foi José Reinaldo Tavares (PFL), no primeiro turno.
- Em 2006, quando disputou a reeleição, Lula apoiou Roseana Sarney (MDB), contudo o eleito foi Jackson Lago (PDT).
- Em 2010, com Dilma candidata para sucedê-lo, Lula apoiou Roseana contra Flávio Dino (PCdoB), e desta vez ganhou.
- Em 2014, novamente contra Flávio Dino, Lula apoiou Edinho Lobão (MDB), que foi derrotado pelo então comunista e hoje socialista Flávio Dino.
- Em 2018, da cadeia, Lula apoiou Flávio Dino, mas este não precisava do apoio de ninguém para se reeleger.
- Em 2020, quando se candidatou a prefeito de São Luís, o deputado Rubens Júnior dizia que bastava citar dois nomes como seus apoiadores para ganhar a disputa: Flávio Dino e Lula. Ficou em quarto lugar.
Brandão se agarra agora em Lula para ganhar a eleição, mas terá uma luta árdua pela frente, e o que é pior: não pode nem pensar em derrota, pois isto seria interpretado como vitória de Jair Bolsonaro, já que seus aliados usam como principal argumento contra os adversários, o fato de serem bolsonaristas, na tentativa de