Brasil derrota a França e vai decidir o Mundial Sub-17 com o México, neste domingo

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Brasil e França se enfrentam pela semi-final da Copa do Mundo Sub-17

O Brasil eliminou a França nas semifinais do Mundial Sub-17, com o Estádio Bezerrão, no Gama (DF), e agora tem a chance de reprisar o feito diante do México, bicampeão mundial Sub-17 em 2005 e 2011, na finalíssima de domingo (17), às 19 horas. À França, restou brigar pelo terceiro lugar contra a Holanda, na preliminar, às 15 horas.

No jogo de hoje, logo aos 6 minutos, a França aplicou um grande golpe no Brasil. Kalimuendo Muinga apareceu livre, frente a frente com o goleiro Matheus Donelli. Ele não perdoou e chutou rasteiro. Gol deles. O árbitro titubeou em validar o lance, mas com a ajuda do vídeo, confirmou que o atacante estava em posição legal.

Aos 13 minutos, novo lance rápido do ataque francês, a tabelinha deixou M´Buku livre e ele colocou no gol com muita categoria: 2 a 0. Um balde de água fria. Quem estava no estádio passou a achar muita semelhança com uma outra semifinal traumática, a da Copa de 2014, entre Brasil e Alemanha.

Mas o ímpeto francês parou por aí. Depois, o time se fechou numa retranca com duas linhas de quatro jogadores em frente a área, para evitar os ataques brasileiros. Aos 45 minutos do 1º tempo, um lance que deu esperanças à torcida. O árbitro marcou pênalti para o Brasil, numa falta na linha da grande área. Porém, ao analisar as imagens do vídeo, o salvadorenho Barton desmarcou a infração, o que irritou ainda mais os jogadores. Logo em seguida, para evitar maiores problemas, apitou o final da primeira etapa.

O Brasil veio com uma nova postura no 2º tempo, fazendo uma transição mais rápida entre a defesa e o ataque, afinal, precisava aproveitar cada minuto. De tanto insistir, os brasileiros alcançaram o gol numa cobrança de escanteio. Depois de muito bate-rebate na área, Kaio Jorge se esticou e raspou de cabeça. O goleiro Zinga se esticou todo, mas não chegou: 2 a 1, aos 16 minutos.

Aos 30 minutos, todo o estádio foi à loucura. Cruzamento da linha de fundo, Yan Couto chutou, o goleiro Zinga espalmou para frente e Veron pegou o rebote de primeira: 2 a 2! Incrível! O Brasil, na raça, tinha empatado a partida. Haveria decisão por pênaltis? Não.

No lance seguinte, mais emoção. A França chega na área brasileira, o goleiro Matheus espalma para o lado e, livre, com o gol aberto à sua frente, Lihadji chuta na trave. O gol perdido fez o atacante desabar no gramado.

Aos 41 minutos, a França chega ao terceiro gol, numa falta alçada para a área. Mas Matsima estava impedido ao cabecear e o lance foi anulado sem sequer necessitar da ajuda do árbitro de vídeo.

Aos 43, veio a redenção para os brasileiros. Na cobrança deste impedimento, chute direto do goleiro Matheus, a bola chegou até o atacante Lázaro que, dentro da área, dominou, preparou o míssil e soltou a bomba: indefensável para Zinga. O Brasil virava o placar: 3 a 2!

A classificação heroica foi muito comemorada pelos jogadores. Lázaro, autor do gol da vitória, disse que o importante é sempre acreditar. “O gol só saiu porque eu corri atrás da bola, acreditei que era possível chegar. Estou muito feliz por honrar essa torcida maravilhosa!” – disse o atacante da Seleção.

 México e Holanda se enfrentam pela semi-final da Copa do Mundo Sub-17

México – Na primeira semifinal, Holanda e México travaram um duelo de equipes que se recuperaram dentro do Mundial Sub-17. As duas seleções só foram vencer um jogo na terceira rodada da fase de grupos. Mas, a partir daí, eliminaram seus rivais nas oitavas de final e nas quartas de final para chegarem até esta partida decisiva no estádio Bezerrão, no Gama/DF. Tamanha igualdade durante toda a campanha levou também a um empate nos 90 minutos, o que levou a decisão para os pênaltis.

A Holanda teve maior posse de bola e criou as melhores chances no 1º tempo. Aos 27 minutos, um lance polêmico. Num chute forte, o goleiro García espalmou, a bola subiu e o atacante Naci Unuvar disputou de cabeça, conseguindo marcar o gol, que foi devidamente anulado, por ter cometido falta no camisa 1 mexicano. Fora este gol invalidado, os poucos torcedores nas arquibancadas não tiveram outro motivo para vibrar.

No 2º tempo, a tônica da partida continuou muito semelhante. Os ataques eram comandados pela Holanda. Aos 11 minutos, Youri Regeer perdeu uma chance clara. Livre na área, ele tentou um voleio “a la Bebeto”, mas chutou a bola sobre o gol de García. Nos pênaltis, o México ganhou por 4 a 3 e se classificou para a final, gols de Muñoz, Alejandro Gómez, Pizzuto e Guzmán.

Aos 28 minutos, numa jogada individual de Bogarde, ele cruzou rasteiro e, enfim, Regeer, dentro da pequena área, só tocou para as redes: Holanda 1 a 0.

Precisando empatar, o México foi ao ataque. E conseguiu uma cobrança de falta frontal à meta do goleiro Raatsie. O reserva Álvarez, que acabara de entrar, bateu com curva, o goleiro pulou atrasado e a bola balançou as redes: 1 a 1. A igualdade levava a decisão do primeiro finalista para os pênaltis.

Nas cobranças de pênaltis, o próprio Álvarez abriu a série desperdiçando sua cobrança. Mas, foi salvo pelo goleiro García, que defendeu três penalidades dos holandeses (uma, inclusive, do artilheiro Regeer) e se tornou o heroi da classificação mexicana para a final.

Domingo, às 19 horas, o México voltará ao gramado do estádio Bezerrão para tentar o tricampeonato do Mundial Sub-17.

(Agência Brasil)

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