Brasil e Chile querem aproximação do Mercosul e Aliança do Pacífico

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Argentina's President Mauricio Macri, Colombia's President Ivan Duque, Brazil's President Jair Bolsonaro and Chile's President Sebastian Pinera attend the Prosur summit, at the presidential palace La Moneda, in Santiago, Chile March 22, 2019. REUTERS/Rodrigo Garrido

O Brasil e o Chile prometem intensificar a aproximação entre o Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, pois Venezuela está suspensa temporariamente) e a Aliança do Pacífico (Chile, Colômbia, Costa Rica, México e Peru) para uma área de livre comércio. A partir de julho, o Brasil exercerá a presidência-pro tempore do Mercosul e Chile estará à frente da Aliança do Pacífico.

Em Santiago, no último dia de visita ao Chile, o presidente Jair Bolsonaro e o presidente chileno, Sebastián Piñera, ratificaram neste sábado (23) os termos do acordo de livre comércio entre os dois blocos comerciais. 

Os governos do Brasil e do Chile pretendem construir um corredor rodoviário para unir a região Centro-Oeste e os portos marítimos no norte do Chile, “passando pela ponte a ser construída entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta, pelo Chaco paraguaio e o noroeste argentino”, como detalha nota conjunta.

ParceriaBolsonaro e Piñera fizeram uma declaração conjunta, na qual defendem a aproximação comercial e da atuação conjunta no lançamento do Fórum para o Progresso da América do Sul (Prosul), criado em substituição à Unasul. “Estamos assistindo na América do Sul o deslocamento da questão ideológica”, disse Bolsonaro, referindose- à atuação de caráter mais pragmático para a integração do continente.

“Do Prosul só poderão participar os países que tiverem compromisso com a democracia, com a liberdade e com os direitos humanos”, assinalou Piñera em referência à Venezuela cujo governo de Nicolás Maduro é considerado ilegítimo pelo Chile e mais cerca de 50 nações, incluindo o Brasil.

Dados – No seu discurso, Piñera fez um breve histórico sobre a proximidade entre o Chile e o Brasil e reforçou as relações econômicas. Segundo ele, “o Brasil é o principal sócio comercial do Chile na América Latina” e é também “o principal destino dos investimentos do Chile no exterior, com mais de US$ 35 bilhões”.

Pelos dados da balança comercial do Ministério da Economia, em 2018, Brasil e Chile tiveram corrente de comércio (soma de exportações e importações) de US$ 1,3 bilhão. O Brasil obteve no ano passado superávit comercial de 278 milhões.

Um terço das exportações brasileiras para o Chile foi de óleos brutos de petróleo, mas a pauta inclui carne bovina, automóveis de passageiros, veículos de carga, chassis e tratores. O Brasil importa do Chile cobre e salmão, especialmente.

(Agência Brasil)

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