Brasil tem mais de 2,9 mil mortos por coronavírus e Maranhão ultrapassa a marca dos 70 óbitos

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Medidas de proteção contra possíveis infecções por cornoavírus sendo mostradas na clínica universitária de Essen (Agência Reutear)

O número de mortes em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19) chegou a 2.906, conforme balanço mais recente divulgado nesta quarta-feira (22) pelo Ministério da Saúde. Já os casos confirmados subiram para 45.757. O índice de letalidade ficou em 6,4%. O ministro da Saúde, Nelson Teich, confirmou que 25,3 mil pessoas conseguiram se recuperar da doença.

Até às 14h, o Maranhão registrava 66 óbitos, porém no final da tarde o secretário de Saúde, Carlos Lula atualizou os números e acrescentou mais dez, ou seja, são 76 (veja quadro abaixo).

O número de óbitos marcou um aumento de 6% em relação a ontem (21), quando foram registradas 2.741 vítimas de covid-19. Já os casos confirmados representaram um crescimento de 6,2% sobre os dados de ontem, quando foram contabilizadas 43.079 pessoas infectadas.

São Paulo concentra o maior número de falecimentos (1.134), quase três vezes o número do segundo colocado, o Rio de Janeiro (490). Os estados são seguidos por Pernambuco (282), Ceará (233) e Amazonas (207).

Primeira coletiva – O ministro da Saúde, Nelson Teich, participou de sua primeira coletiva e tratou dos planos da nova gestão da pasta. Ele declarou que o Brasil tem desempenho acima de outros países, como Estados Unidos, Itália, Alemanha e França, quando considerado o número de mortes por conta da covid-19 em relação ao total da população.

Em relação ao isolamento social, ele afirmou que até o fim da semana a nova equipe deverá concluir ajustes às diretrizes definidas pela gestão de Luiz Henrique Mandetta para orientar estados e municípios a definir sua forma de distanciamento.

Pela recomendação já anunciada por Mandetta, considerando a incidência de casos e a capacidade de atendimento (de pelo menos metade dos leitos, disponibilidade de trabalhadores da saúde e insumos), seria possível migrar de um distanciamento “ampliado” para “seletivo”, com maior flexibilização e abertura de atividades econômicas.

“Afastamento é medida natural na largada. Mas não pode ficar sem um programa de saída. Vamos demorar um ano e meio para ter vacina. O país não pode sobreviver este período parado”, opinou.

O novo ocupante da cadeira não adiantou o que deverá mudar, mas ressaltou que o Brasil demanda medidas específicas para cada local. “O Brasil é gigante e heterogêneo, não tem como uma diretriz não ser customizada para diferentes regiões do país. Qual é a estrutura de leitos, quantos por cento estão ocupados, como está a parte de recursos humanos?” questionou, listando temas que devem ser considerados na adoção dessas medidas.

Informação – Uma outra frente de atuação da nova gestão será a coleta e análise de informação. Teich destacou que pelo fato da covid-19 ser um fenômeno novo, há necessidade de conhecê-la para definir as respostas.

Ele adiantou que um banco de dados será criado com participação não somente do MS como de outros ministérios, como Casa Civil. “Vamos buscar integração maior com outros grupos do governo para sistematizar da informação. A gente vai ter dados ligados a hospitais, estados. Tudo vai ser consolidado num programa ligado a vários ministérios”, informou.

Nelson Teich apontou como “terceira frente” de sua gestão a viabilização da infraestrutura. Ele anunciou a chegada do general Eduardo Panzuello para a secretaria executiva e disse que a experiência do general será importante para agilizar as medidas em relação a insumos, remédios e equipamentos.

Números divulgados pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira:

  • Acre – 08
  • Alagoas – 20
  • Amapá – 14
    Amazonas – 207
    Bahia – 50
    Ceará – 233
    Distrito Federal – 25
    Espírito Santo – 34
    Goiás – 21
    Maranhão – 66
    Mato Grosso – 06
    Mato Grosso do Sul – 06
    Minas Gerais – 47
    Paraná – 57
    Paraíba – 39
    Pará – 43
    Pernambuco – 282
    Piauí – 15
    Rio Grande do Norte – 29
    Rio Grande do Sul – 27
    Rio de Janeiro – 490
    Rondônia – 05
    Roraima – 03
    Santa Catarina – 37
    Sergipe – 07
    São Paulo – 1,134
    Tocantins – 01

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