Ministro Raul Jungmann exonera Segóvia do comando da Polícia Federal

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DF - FERNANDO-SEGÓVIA-STF - POLÍTICA - Novo diretor da Polícia Federal, Fernando Segóvia concede coletiva no Supremo Tribunal Federal, em Brasília (DF), após encontro com a ministra Carmen Lúcia, na manhã desta sexta-feira (17). 17/11/2017 - Foto: FáTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Em seu primeiro dia à frente do novo Ministério Extraordinário da Segurança Pública, o ministro Raul Jungmann decidiu mexer no comando da Polícia Federal, substituindo Fernando Segovia por Rogério Galloro no cargo de diretor-geral da corporação. Ex-diretor executivo da PF, Galloro é o atual secretário nacional de Segurança Pública.

Desde o início do mês, quando concedeu uma entrevista a Agência Reuters afirmando que, no inquérito em que Temer e outros acusados são investigados pela PF, os “indícios são muito frágeis”, sugerindo que o inquérito “poderia até concluir que não houve crime”, Segovia vinha sofrendo críticas e sendo alvo de questionamentos.

Nesta segunda-feira (26), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso uma medida judicial para que Segovia se abstivesse de “qualquer ato de ingerência sobre a persecução penal em curso”.

Na semana passada, Fernando Segovia disse ao ministro Barroso, que conduz o inquérito sobre Temer no STF,  que não pretendeu “interferir, antecipar conclusões ou induzir o arquivamento” do inquérito sobre o presidente Michel Temer.

Ao ministro, Segovia ressaltou que suas declarações foram “distorcidas e mal interpretadas”, que não teve intenção de ameaçar com sanções o delegado responsável pelo caso e também se comprometeu a não dar mais declarações sobre a investigação.

Saiba quem é o novo diretor-geral da Polícia Federal:

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Delegado de Polícia Federal ROGÉRIO Augusto Viana Galloro é secretário nacional de Justiça, do Ministério da Justiça e Segurança Pública desde 22/11/2017. Tem sob sua responsabilidade uma vasta gama de importantes atribuições como migração, refugiados, estrangeiros, cooperação jurídica internacional, recuperação de ativos, combate à corrupção e ao tráfico de seres humanos, facilitação ao acesso à justiça, classificação indicativa, dentre outros. Estão ainda sob sua presidência o Comitê Nacional para Refugiados (Conare), Comitê Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Conatrap)  e Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (Encla).

Em setembro/2017 foi eleito Membro do Comitê Executivo da Interpol para o período 2017/2020. Dr. Galloro é Bacharel em Direito desde 1992 e inscrito na OAB-SP desde 1993. Tem MBA pela FGV em Gestão de Políticas de Segurança Pública e Especialização pela UnB em Relações Internacionais. É ex-aluno da Universidade de Harvard no Programa Segurança Nacional e Internacional da Harvard Kennedy School.

Ele começou sua carreira na Polícia Federal como delegado em 1995 e atuou em unidades de repressão à drogas, à crimes fazendários e de inteligência policial; ocupou inúmeras chefias importantes como Chefe da DPF/Presidente Prudente/SP, Coordenador de Passaportes, Delegado Regional Executivo na SR/Pernambuco, Superintendente Regional da PF em Goiás, Diretor de Administração e Logística Policial, Adido Policial na Embaixada do Brasil em Washington/EUA, Diretor Executivo da Polícia Federal (Diretor Geral Substituto) e em setembro/2017 foi eleito Membro do Comitê Executivo da Interpol, como representante das Américas. Dr. Galloro por cinco anos foi professor da Academia Nacional de Polícia na cadeira Migração. Desenvolveu habilidades em relações internacionais, adoção internacional, documentos falsos, tráfico de pessoas, segurança transnacional no Mercosul, controle de fronteiras na América do Sul, gerenciamento de crises em transporte aéreo e lavagem de dinheiro.

Ele foi o representante da Polícia Federal junto a ICAO (Organização de Aviação Civil Internacional) em Montreal e coordenou o projeto do Novo Passaporte Brasileiro em 2006. Representou a PF e o Brasil em dezenas de países nos cinco continentes. Foi Presidente da Associação de Adidos Policiais Latino Americanos nos EUA (Apala). Coordenou as forças da Polícia Federal na segurança da Copa do Mundo FIFA 2014 e dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos RIO2016. Publicou o ensaio Ir e Vir num mundo globalizado – o passaporte como instrumento de garantia e constrangimento dos direitos do cidadão: um estudo histórico sobre o passaporte brasileiro.

(Agência Brasil)

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