Brasileiros estão divididos entre manter isolamento social ou reabrir as atividades empresariais

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Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (29) pelo Datafolha revela que os brasileiros estão divididos entre manter o isolamento social ou reativar as atividades econômicas. De acordo com o levantamento, a proporção de brasileiros que defendem que as pessoas fora do grupo de risco deveriam sair para trabalhar passou de 37%, no início de abril, para 46% e os que apoiam o isolamento amplo, inclusive de quem está fora dos grupos de risco, passaram de 60% para 52%.

Foram entrevistados pelo Datafolha 1.503 brasileiros adultos com celular em todos os estados do país. A margem de erro é de três pontos percentuais, ou seja, os que querem o fim do isolamento e os que defendem a manutenção podem ser 49%.

A adoção da quarentena apenas para os grupos de risco é defendida pelo presidente Jair Bolsonaro sob a alcunha de “isolamento vertical”, mas o ministro da Saúde, Nelson Teich, defende um equilíbrio entre as medidas de proteção à saúde e de retomada da economia e já anunciou que a pasta fará uma nova diretriz para localidades que queiram abrandar o isolamento ou abandoná-lo.

A maioria dos que apoiam a volta ao trabalho avalia o governo Bolsonaro como ótimo/bom.  O apoio ao isolamento seletivo é maior entre os mais ricos —58% dos ganham mais de dez salários mínimos defendem essa posição, contra 44% dos que recebem até dois.

Os mais ricos são também são aqueles que mais cumprem a quarentena, com índice de 71% (56% dizem sair só quando inevitável e 15%, nunca). Declaram estar totalmente isolados 16% dos entrevistados, e 53% só saem de casa quando inevitável.

Em algumas cidades, a reabertura já resultou em novas aglomerações. A imagem de clientes recebidos com palmas em um shopping de Blumenau (SC) virou símbolo disso.

Ainda de acordo com a pesquisa, o índice de brasileiros que acham que a população está menos preocupada com o vírus do que deveria passou de 44% em março para 56% neste levantamento.

Segundo o levantamento, a proporção dos que defendem manter as pessoas em casa mesmo que isso prejudique a economia se mantém estável em relação à pesquisa do dia 17 de abril, em 67%. No levantamento do início do mês, esse conjunto respondia por 76% dos entrevistados.

De acordo com o Ministério da Saúde, são 5.017 mortes por coronavírus. Para 47% dos entrevistados pelo Datafolha, o número real é maior do que o divulgado.

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