Caixa registra lucro líquido de R$ 1,5 bilhão no primeiro trimestre

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A Caixa Econômica Federal registrou lucro líquido de R$ 1,5 bilhão no primeiro trimestre de 2017, com crescimento de 81,8% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado recorrente, que desconsidera os efeitos extraordinários, totalizou R$ 1,7 bilhão, 49,6% maior que o verificado no primeiro trimestre de 2016. O resultado operacional alcançou R$ 1,9 bilhão no trimestre, avanço de 420,0% em 12 meses.

O aumento do lucro líquido foi gerado pelo crescimento das receitas com operações de crédito, diminuição nas despesas com captação de recursos, avanço nas receitas com prestação de serviços e controle das despesas com pessoal, administrativas e operacionais.

Ao final de março, a carteira de crédito alcançou saldo de R$ 715,0 bilhões, avanço de 4,5% em 12 meses e participação de 22,8% no mercado. O crescimento das operações de habitação, saneamento e infraestrutura, e crédito consignado, foram os principais responsáveis pela evolução da carteira no período.

As operações comerciais com pessoas físicas e pessoas jurídicas totalizaram R$ 189,6 bilhões, redução de 4,1% em 12 meses, impactadas, principalmente, pelo segmento pessoa jurídica, que apresentou queda de 7,8%.

O índice de inadimplência encerrou o trimestre com redução de 0,7 p.p em 12 meses, alcançando 2,83%, permanecendo abaixo da média de mercado de 3,84%.

As receitas com prestação de serviços cresceram 13,7% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, totalizando R$ 6,0 bilhões. Os principais destaques foram as receitas de crédito, administração de fundos de investimento e convênios e cobrança que cresceram, respectivamente, 21,6%, 19,1% e 17,3% em 12 meses.

As outras despesas administrativas diminuíram 1,8% em comparação ao primeiro trimestre de 2016, reflexo de ações focadas na melhoria da eficiência operacional implementadas pela instituição financeira. As despesas de pessoal foram impactadas pelo Plano de Demissão Voluntária Extraordinária – PDVE e cresceram 17,2%. Sem esse efeito, as despesas de pessoal aumentariam 6,1%.

O índice de eficiência operacional alcançou 50,8%, melhorando 2,7 p.p. em 12 meses e 0,4 p.p. em relação ao 4T16. Os índices de cobertura de despesas de pessoal e administrativas registraram 108,6 e 69,2 respectivamente, evoluções de 2,1 p.p e 2,2 p.p. em 12 meses.

Ao final de março, a CAIXA possuía R$ 2,2 trilhões em ativos administrados, com destaque para seus ativos próprios, que totalizaram R$ 1,3 trilhão, avanço de 3,2% em 12 meses. O índice de Basileia encerrou o período em 13,6%, acima do limite regulamentar de 10,5%.

Crédito Habitacional – A carteira imobiliária alcançou saldo de R$ 412,9 bilhões, aumento de 6,0% em 12 meses. Os créditos concedidos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS representam R$ 211,3 bilhões. Já as operações de crédito com recursos da CAIXA (SBPE) apresentam saldo de R$ 200,8 bilhões.  A CAIXA encerrou o trimestre mantendo sua posição de liderança no mercado, com participação de 67,5%.

Operações de saneamento – O saldo da carteira de saneamento e infraestrutura alcançou R$ 78,9 bilhões em março, alta de 8,0% em 12 meses. Esse segmento continua a ser prioritário para a CAIXA por contribuir para o avanço no desenvolvimento econômico do País, gerando emprego e renda.

Crédito Rural – O crédito rural alcançou saldo de R$ 7,5 bilhões, crescendo 4,1% em doze meses e atingindo 3,0% de participação do mercado, com destaque para a modalidade disponível para Pessoa Jurídica, que apresentou 32,4% de aumento em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Captações – O saldo das captações da CAIXA chegou a R$ 989,2 bilhões no primeiro trimestre de 2017, com crescimento de 6,8 % em 12 meses, e em volume suficiente para cobrir 138,3% da carteira de crédito. A evolução no saldo foi influenciada, principalmente, pelos acréscimos de 27,2% em depósitos a prazo e 12,6% nos depósitos à vista.

Transferências de benefícios – Até março de 2017, foram pagos cerca de 39,8 milhões de benefícios sociais, correspondendo a R$ 7,2 bilhões. O principal programa de transferência de renda, Bolsa Família, pagou cerca de 38,2 milhões de benefícios no período, totalizando R$ 6,9 bilhões.

Em relação aos programas voltados ao trabalhador, a CAIXA foi responsável por realizar 67,0 milhões de pagamentos de benefícios, que totalizaram R$ 73,7 bilhões. Entre eles o Seguro-Desemprego, Abono Salarial e PIS, corresponderam a R$ 17,4 bilhões.

A CAIXA também realizou 16,1 milhões de pagamentos de aposentadorias e pensões aos beneficiários do INSS, que totalizaram R$ 19,0 bilhões.

A arrecadação do FGTS atingiu R$ 32,5 bilhões e os saques, R$ 37,4 bilhões, resultando em uma captação líquida negativa de R$ 4,9 bilhões. Em março de 2017, o Fundo era composto por 140,8 milhões de contas.

DESTAQUES NO RESULTADO DE 1T17

 

  • LUCRO LÍQUIDO aumenta 81,8% e alcança R$ 1,5 bilhão.
  • LUCRO RECORRENTE avança 49,6% em 12 meses.
  • RESULTADO DA INTERMEDIAÇÃO avança 25% em 12 meses.
  • RECEITAS COM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS aumentam 13,7% em 12 meses.
  • EFICIÊNCIA OPERACIONAL alcança 50,8%, melhora de 2,7 p.p. em 12 meses.
  • ÍNDICE DE INADIMPLÊNCIA fecha o trimestre em 2,83%, queda de 0,7 p.p. em 12 meses.
  • OUTRAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS recuam 1,8% em 12 meses.

 

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