Caixa suspende financiamentos pelo Minha Casa Minha Vida para faixa 1,5

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A Caixa Econômica Federal anunciou nesta terça-feira (13) que suspendeu, por falta de recursos, a contratação de novas unidades habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida para a faixa 1,5, voltada para famílias com renda mensal máxima de até R$ 2,6 mil.

De acordo com o banco, o orçamento para esta linha de crédito imobiliário foi “utilizado em sua totalidade” e as contratações do programa para esta faixa serão retomadas no início de 2019.

Em comunicado, a Caixa informou que somente a faixa 1,5 foi suspensa, todas as outras linhas de crédito continuam contratando novas unidades. As diferentes faixas do programa usam fontes de financiamento diversas. A faixa 1,5 é financiada com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

O orçamento do Minha Casa, Minha Vida para 2018 é de R$ 57,4 bilhões. “Até o momento, foram contratadas cerca de 4,7 milhões de unidades habitacionais.”, informou o comunicado.

Ameaça – Na sua edição de outubro, a revista Maranhão Hoje publicou reportagem alertando para esta ameaça, com base na análise da diretora executiva do escritório de representação da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH) no Maranhão, Ana Cristina Brandão Feitosa.

“Atualmente, a faixa 1 engloba famílias com renda mensal de até R$ 1.800,00, dando direito a essas famílias pagarem apenas 5% do valor do imóvel (os outros 95% são subsidiados pelo governo federal), com financiamento de até 120 meses e parcelas de R$ 80,00 a R$ 270,00. Já a faixa 1,5 vale para famílias com renda mensal de até R$ 2.600,00, e os benefícios são de subsídio de até R$ 47.500,00 e juros anuais de 5% para o financiamento habitacional”, conta.

Ainda de acordo com a reportagem, a nova proposta do governo é que o Fundo de Arrendamento Residencial – FAR, com recursos emprestados pelo FGTS, compre um conjunto de unidades habitacionais (até o limite de 50% do total do empreendimento) para o arrendamento a famílias com renda mensal de até R$ 2,6 mil. “As famílias pagariam entre 15 e 20 anos ao FAR, com a opção de adquirir o imóvel ao fim do prazo. A proposta foi apresentada pelo Ministério do Planejamento em documento produzido para a transição de governo”, informa Ana Cristina Brandão Feitosa.

 

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