
Homenagem in memoriam ao padre e escritor
Em sessão solene realizada nesta sexta-feira (13), a Câmara Municipal de São Luís prestou homenagem “In Memoriam” ao Padre João Mohana, concedendo-lhe o Título de Cidadão Ludovicense. A iniciativa foi do vereador André Campos (PP) e integra as celebrações do centenário de nascimento do médico, sacerdote e escritor, uma das figuras mais relevantes da história intelectual e espiritual do Maranhão.
A cerimônia destacou o legado de João Mohana nas áreas da Cultura, Religião, Educação e Medicina, ressaltando a sua atuação como autor de obras literárias amplamente reconhecidas e como agente de transformação social e espiritual. “A obra de João Mohana é respeitada no mundo todo. Fico feliz em homenageá-lo neste centenário, a ser celebrado no próximo dia 15 de junho”, afirmou o vereador André Campos.
Representando o homenageado, José Antônio Mohana Pinheiro, sobrinho de João Mohana, agradeceu a honraria em nome de todos os familiares, e emocionou os presentes ao relembrar a trajetória de fé, disciplina e amor ao próximo do homenageado.
“Somente Deus para explicar o tanto que esse homem realizou em tão pouco tempo. Somente a fé em Cristo, disciplina e amor ao próximo podem explicar”, disse, citando o Padre Djalma, vigário do Santuário de Nossa Senhora da Conceição, que o descreveu como um homem além do seu tempo.
José Antônio resumiu o amor de João Mohana por São Luís, citando uma frase do próprio sacerdote em carta dirigida a um pesquisador da Fundação Nacional de Artes (Funarte) em 1977:
“Em prol da Cultura desta terra, que aprendi a amar, ao ponto de recusar contínuos convites para viver longe dela”.
E finalizou seu pronunciamento fazendo a entrega a André Campos de um exemplar do livro “Sofrer e Amar”, de autoria do homenageado, relançado nesta quinta-feira (12) em São Luís.
O evento também contou com apresentação musical do professor Guilherme Ávila, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), que executou a peça “Andante”, de F. Carulli, em alusão ao acervo analisado em sua pesquisa de doutoramento baseada na obra de Mohana.
Também compuseram a mesa os vereadores Raimundo Penha (PDT), Nato Júnior (PSB) e Profª. Magnólia (UNIÃO).
Tornou-se padre em 1960 e, em 1970, foi eleito para a cadeira n.º 3 da Academia Maranhense de Letras. Faleceu em São Luís em 12 de agosto de 1995.
Este ano de 2025 marca, simultaneamente, os 100 anos de seu nascimento e os 30 anos de seu falecimento, sendo uma ocasião ímpar para celebrar a vida e a memória de uma das grandes personalidades maranhenses do século XX.