Candidato a presidente do CRC, João Conrado diz que contador precisa ser valorizado

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AQUILES EMIR

Candidato a presidente do Conselho Regional de Contabilidade (CRC-MA), na eleição de novembro, o contabilista e consultor de empresas João Conrado de Carvalho diz que uma das suas principais missões à frente do órgão, se eleito, é trabalhar pela valorização da categoria, dando a ela uma representação nos mesmos níveis dados aos advogados, pela OAB; aos engenheiros, pelo Creci; e outras instituições que impõem e cobram respeito aos seus membros. Para exemplificar, ele mostra a diferença sobre o modo como um advogado é recebido numa repartição pública e como é o tratamento dispensado ao contador, e isto se deve por uma série de deturpações sobre a atividade, muitas vezes sem culpa do profissional.

João Conrado faz questão de ressaltar que o profissional de Contabilidade às vezes é a peça mais importante de uma organização, seja ela pública ou privada, mas isto nem sempre é levado em conta na hora de se contratar o serviço, e basta ver o nível de remuneração em muitos casos para atestar isso, seja o contrato do autônomo ou de um escritório. Não que queira interferir nessas relações contratuais, mas despertar tanto nos contabilistas quanto nos seus clientes uma consciência pela valorização do trabalho, que assim como outros deve estar focado na ética, no compromisso com a verdade e no cuidado com a saúde financeira da instituição para a qual trabalha.

Conrado diz que assim como a OAB cobra das instituições de ensino do Direito compromisso com a boa formação dos advogados, o Conselho Federal (CFC) e os regionais de Contabilidade devem acompanhar o nível de formação dos contabilistas, que também para terem autorização de atuar mercado passam por um exame de suficiência, um dos mais rigorosos dos praticados no país, neles dá para perceber que muita coisa precisa melhorar.

Parcerias – O candidato disse que pretende estreitar relações com Tribunal de Contas, Federação dos Municípios, Ministério Público e outros organismos a fim de se criar instrumentos que protejam a contabilidade como ferramenta fundamental para moralidade na gestão pública.

Ele diz que, infelizmente, a maioria das prefeituras não conta com profissionais contabilistas em suas estruturas e quando elas recorrem, por exemplo, a um escritório para elaborar prestação de contas o tempo é tão reduzido que se torna praticamente impossível comprovar a autenticidade dos documentos, mas com um agravante: sempre que uma conta é rejeitada ou uma falha mais grave na contabilidade de uma empresa é identificada, o profissional responde, solidariamente, pelos erros.

João Conrado enfatiza ainda que o CRC precisa estar à frente de muitos movimentos, mas infelizmente nem sempre é lembrado sequer para colaborar, sugerir, quando o poder público, por exemplo, lança medidas e programas que vão afetar a área econômica, como mudanças na área tributária, sejam de alíquotas, prazos de recolhimento do imposto, novos métodos de cobrança, fiscalização etc. “Acho que nós contadores teríamos sugestões a dar, mas para que possamos opinar precisam lembrar que nós existimos”, frisa ele.

Quanto às suas chances de vitória, diz que manifestações recebidas, tanto na capital quanto no interior, o deixam otimista e quase convencido de que sua chapa sairá vencedora, e ele promete não decepcionar.

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