Cesta básica de São Luís é a segunda mais barata do país, segundo DIEESE

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O custo da Cesta Básica em São Luís, no mês de agosto, foi de R$ 329,42, com redução de 2,15% na comparação com julho e com isto ficou como a segunda de menor valor entre as vinte capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socio Econômica (Dieese). Em 12 meses, a variação foi de -6,51% e, nos primeiros oito meses deste ano, -1,41%.

Entre julho e agosto, o valor médio de cinco produtos teve redução: tomate (-17,54%), banana (-3,46%), farinha de mandioca (-1,34%), leite integral (-0,65%) e carne bovina de primeira (-0,05%). Os demais itens tiveram aumento no preço médio: manteiga (2,59%), pão francês (1,47%), café em pó (0,89%), açúcar refinado (0,83%), óleo de soja (0,83%), feijão carioquinha (0,57%) e arroz agulhinha (0,38%).

Em 12 meses, três produtos tiveram alta acumulada: leite integral (28,81%), carne bovina de primeira (3,83%) e óleo de soja (1,11%). Os outros nove itens apresentaram redução: feijão carioquinha (-33,96%), tomate (-32,05%), açúcar refinado (-17,91%), farinha de mandioca (-10,90%), café em pó (-8,53%), manteiga (-7,60%), arroz agulhinha (-5,47%), banana (-1,77%) e pão francês (-1,42%).

O trabalhador ludovicense cuja remuneração equivale ao salário mínimo precisou cumprir jornada de trabalho, em agosto, de 75 horas e 58 minutos, menor do que a de julho, de 77 horas e 38 minutos. Em agosto de 2017, a jornada era de 82 horas e 44 minutos.

Em agosto de 2018, o custo da cesta em São Luís comprometeu 37,53% do salário mínimo líquido (após os descontos previdenciários). Em julho, o percentual exigido era de 38,36% e, em agosto de 2017, de 40,88%.

Brasil – Em nível nacional, o custo da CB caiu em 17 capitais e as reduções mais expressivas foram registradas em Porto Alegre (-3,50%), João Pessoa (-3,36%) e Salvador (-3,02%) e as variações positivas, em Florianópolis (3,86%), Manaus (1,41%) e Aracaju (0,01%).

A cesta mais cara foi a de São Paulo (R$ 432,81), seguida pela de Florianópolis  (R$ 431,30), Porto Alegre (R$ 419,81) e Rio de Janeiro (R$ 417,05)1. Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 311,92) e São Luís (R$ 329,42).

Em 12 meses, entre agosto de 2017 e 2018, os preços médios da cesta caíram em 13 cidades, com destaque para as taxas de São Luís (-6,51%), Goiânia (-6,29%) e Salvador      (-6,08%). Nas outras sete capitais, os valores médios aumentaram. As maiores altas foram as de Campo Grande (2,70%) e Cuiabá (2,57%).

Nos primeiros oito meses de 2018, seis capitais acumularam taxa negativa, com destaque para Porto Alegre (-1,62%), Salvador (-1,49%) e São Luís (-1,41%); outras 14 mostraram aumento, com variações entre 0,49%, em Goiânia, e 3,79%, em Curitiba.

Com base na cesta mais cara, que, em agosto, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.

Em agosto de 2018, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3. 636,04, ou 3,81 vezes o salário mínimo nacional, de R$ 954,00. Em julho, tinha sido estimado em R$ 3.674,77, ou 3,85 vezes o piso mínimo do país. Em agosto de 2017, o mínimo necessário era equivalente a R$ 3.744,83, ou 4,00 vezes o salário mínimo nacional daquele ano, correspondente a R$ 937,00.

 

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