Comunidade do São Raimundo reivindica UPA no Parque Independência

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AQUILES EMIR

Moradores dos bairros São Raimundo, Vila Cascavel e Cidade Operária realizaram nesta sexta-feira (10) uma coleta de assinaturas visando a dar ao Parque Independência, onde era realizada a Exposição Agropecuária do Maranhão (Expoema), uma destinação diferente da pretendida pelo governador Flávio Dino (PCdoB). Em vez de moradias populares, uma obra para a saúde pública.

A concentração foi na avenida Lourenço Vieira da Silva, que dá acesso ao parque, por onde todos os dias transitam milhares de pessoas das comunidades do entorno.

Os moradores da região reivindicam a construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no local, que se encontra abandonado desde o ano passado, quando o governo pediu sua devolução à Associação dos Criadores do Maranhão (Ascem), que administrava o imóvel desde 1992 em regime de comodato. O contrato estava em pleno vigor, com validade até 2022, mas o Estado reincindiu de forma unilateral.

Quando retomou o parque, o governador Flávio Dino sinalizou que utilizaria o Parque Independência para construção de apartamentos que teriam como mutuários apenas servidores públicos, contudo, os moradores da região que engloba diversos bairros da Zona Rural I reclamam a necessidade de desafogar a UPA da Cidade Operária, que hoje atende dezenas de bairros das Zonas Rural I, II e III, portanto, para eles, em vez de um condomínio residencial, um investimento para atendimento da saúde de quem mais precisa do serviço na rede pública.

O projeto do conjunto habitacional até agora não foi deflagrado, haja vista um questionamento de empresários de construção civil, junto ao Tribunal de Contas do Estado, depois que identificaram estar o edital voltado para essa construção direcionado a favorecer uma construtora pertencente a aliados políticos do governador, ou seja, não estava sendo aplicado um critério justo de concorrência.

Desde que foi devolvido ao Estado, o Parque Independência vem sendo depreciado pelo estado de abandono em que se encontra. Com a alegação da urgente necessidade de construir as moradias do funcionalismo estadual, o governo inviabilizou a realização da Expoema, que era uma das mais tradicionais feiras do agronegócio no Norte e Nordeste, e não sabe ainda ao certo que destino vai dar ao imóvel.

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