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Conselho de Direitos Humanos cria comissão de inquérito sobre ofensiva à Ucrânia

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Relatores irão investigar todas as alegações de violações dos direitos humanos

Uma Comissão de Inquérito sobre a agressão da Rússia à Ucrânia deverá apurar as alegações de violações dos direitos humanos praticadas durante a ofensiva da Rússia ao país.

A decisão foi anunciada na manhã desta sexta-feira, em Genebra, sede do Conselho.

A resolução foi adotada com 32 votos dos 47 membros do Conselho. Dois países votaram contra e houve 13 abstenções. No início da sessão, o Conselho fez um minuto de silêncio pelas vítimas do conflito que começou em 24 de fevereiro.

O órgão da ONU condenou, nos mais fortes termos, as violações de direitos humanos e abusos da lei internacional de direitos humanos.

O Conselho pediu à Rússia que acabe, imediatamente, com a ofensiva retirando as tropas do território ucraniano incluindo as fronteiras internacionalmente reconhecidas.

A Comissão de Inquérito terá três integrantes, que serão nomeados pelo presidente do órgão, e terão mandatos iniciais de um ano.

Eles deverão apurar as alegações de abusos e violações e as causas fazendo recomendações para prestação de contas e o fim da impunidade.

A resolução aprovada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU foi apresentada pela Ucrânia. A Belarus pediu a palavra como “país preocupado” com o tema. Outros Estados-membros intervieram com comentários incluindo o Brasil.

E numa nota separada, após o bombardeio da usina de energia nuclear de Zaporizhzhia, na noite de quinta-feira, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, Rafael Mariano Grossi, se mostrou preocupado com a situação e disse que está pronto para ir à Ucrânia.

A usina é considerada a maior planta nuclear da Europa.

Segundo ele, para tentar ajudar é preciso fazer mais do que emitir um tuíte, se referindo ao microblog Twitter, onde muitos estão comentando o conflito.

A Aiea foi informada de que os russos estão controlando a usina, mas que os operários da instalação continuam no local e não haveria vazamento de material radiativo.

(ONU News)

 

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