Cesta Abrasmercado acumula aumento de 11,50% em doze meses
Consumo nos Lares Brasileiros medido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) registrou crescimento positivo – ainda que em ritmo mais moderado, de 1,23%, em janeiro na comparação com mesmo mês do ano passado. O resultado, anunciado nesta quinta-feira (10), foi levantado pelo departamento de Economia e Pesquisa da associação supermercadista.
Em comparação a dezembro de 2021, houve recuo de 21,22%. Os indicadores já foram deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O monitoramento contempla todos os formatos de varejo alimentar operados pelo setor supermercadista, como lojas de vizinhança, minimercado, supermercado, hipermercado, atacarejo, superproximidade e e-commerce.
“Observamos um movimento natural de flutuação de consumo em janeiro, como tradicionalmente ocorre no primeiro mês do ano, por conta das férias e do mês antecessor ser comemorativo em virtude do Natal e das festas de final de ano”, explica o vice-presidente da ABRAS, Marcio Milan. “Outros fatores, como a manutenção do Auxílio Brasil e a queda na taxa de desemprego contribuíram para manter positivo o consumo nos lares”.
O início deste ano foi marcado ainda pelo aumento de preços da cesta nacional Abrasmercado composta por 35 produtos de largo consumo. Em janeiro, a cesta registrou alta de 1,30%, passando de R$ 700,53 em dezembro de 2021, para R$ 709,63. No acumulado em 12 meses, a cesta registrou alta de 11,50%.
As maiores altas foram puxadas pela cebola (12,43%), batata (9,65%), tomate (6,21%), café torrado e moído (4,75%) e farinha de mandioca (3,65%). As maiores quedas foram verificadas nos preços do queijo prato (-5,96%), arroz (-2,66%), pernil (-1,94%), sal (-1,49%) e ovo (-1,03%).
Na análise por região do desempenho das cestas, o Sudeste do país teve a maior variação, uma alta de 2,02%, passando de R$ 675,44 em dezembro de 2021 para R$ 689,11 em janeiro.
Em seguida, a região Norte registrou a segunda maior variação no preço da cesta. Com alta de 1,85%, o Norte passa a ter a cesta mais cara do país, passando de R$ 769,16 em dezembro para R$ 783,41 em janeiro. Na sequência das altas, a região Centro-Oeste apresenta (1,44%), Sul (0,72%) e Nordeste (0,44%).