Cristovam Buarque defende importância de entidades do Sistema S

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JOÃO PAULO MACHADO

Com a chegada do novo governo ao Palácio do Planalto, os últimos dias do legislativo em 2018 foram de discussões sobre os rumos da futura gestão. No último dia de trabalho na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, por exemplo, o assunto que tomou conta do debate entre os parlamentares foi a promessa do futuro ministro da economia, Paulo Guedes, de dar uma “facada” nos recursos do Sistema S.

Formado por entidades como Sesc, Sesi e Senai, o Sistema é responsável por diversos programas de educação técnica e serviços de saúde. Preocupado com o possível corte de recursos, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF), ressaltou que “simplesmente reduzir gastos do sistema, que funciona, pode trazer graves problemas para a educação”.

Para se ter uma ideia, somente no Distrito Federal, o impacto de uma “facada” de 30% no Sesi, como a sugerida por Paulo Guedes, faria com que 1,7 mil alunos deixassem de estudar no ensino básico ou na educação de jovens e adultos. Uma escola fecharia as portas e 17,7 mil atendimentos médicos, odontológicos e ocupacionais deixariam de ser feitos.

Diretor-geral do Senai e Diretor-Superintendente do Sesi, Rafael Lucchesi, afirma que o possível corte de recursos para o financiamento das entidades causaria efeitos devastadores à sociedade brasileira. “Se for colocada em prática, nós vamos estar fechando mais de 300 escolas. Mais de um milhão e meio de jovens e trabalhadores deixarão de ser atendidos todos os anos. Mais de 18 mil professores serão demitidos”, explicou.

Responsável pelos programas de saúde e segurança do trabalhador na indústria, o Serviço Social da Indústria (SESI) também tem uma rede de escolas que beneficia 1,2 milhão de jovens com educação básica, principalmente de famílias de trabalhadores da indústria.

De acordo com o Sesi, os cortes levariam ao fechamento de 155 escolas, com perda de quase meio milhão de vagas para jovens no ensino básico e no reforço educacional de adultos com baixa escolaridade.

Na prestação de serviços de saúde a trabalhadores, que inclui desde a oferta gratuita de vacinas e exames de mamografia para trabalhadoras, a previsão é de que 1,2 milhão de pessoas ficariam sem o atendimento, tendo de buscar os serviços na rede público ou custeá-los na rede particular.

(Agência Rádio Mais)

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