AQUILES EMIR
O custo do conjunto dos alimentos da Cesta Básica emde São Luís foi de R$ 336,67 em julho, com uma redução de -6,14% em relação ao mês junho e com isto ficou com o segundo menor valor entre as 20 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Em 12 meses, a variação anual foi de -8,41% e, nos primeiros sete meses de 2018, de 0,76%.
Entre junho e julho de 2018, o valor médio de oito produtos teve redução: tomate (-28,75%), banana (-9,89%), farinha de mandioca (-8,74%), carne bovina de primeira (-3,69%), açúcar refinado (-1,63%), manteiga (-1,23%), pão francês (-1,21%) e óleo de soja (-0,55%). O valor do café em pó não se alterou e houve aumento no preço médio do leite integral (19,84%), do arroz agulhinha (2,04%) e do feijão carioquinha (1,16%).
Em 12 meses, dois produtos tiveram alta acumulada: leite integral, (29,66%) e carne bovina de primeira (3,47%). Os outros dez itens apresentaram redução: feijão carioquinha (-44,68%), tomate (-28,75%), açúcar refinado (-19,40%), farinha de mandioca (-11,22%), manteiga (-10,02%), café em pó (-8,75%), arroz agulhinha (-6,41%), pão francês (-4,10%), óleo de soja (-1,91%) e banana (-1,89%).
O custo da CB diminuiu em 19 capitais. As reduções mais expressivas foram registradas em Cuiabá (-8,67%), São Luís (-6,14%), Brasília (-5,49%), Belém (-5,38%), Rio de Janeiro (-5,32%) e Curitiba (-5,12%). A alta foi verificada em Goiânia (0,16%). A cesta mais cara foi a de São Paulo (R$ 437,42), seguida pela de Porto Alegre (R$ 435,02) e Rio de Janeiro (R$ 421,89). Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 321,62), São Luís (R$ 336,67) e Natal (R$ 341,09). Em 12 meses, entre julho de 2017 e 2018, os preços médios da cesta caíram em todas as cidades, com destaque para as taxas de Salvador (-9,98%), São Luís (-8,41%) e Belém (-7,09%).
Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos Custo e variação da cesta básica em vinte capitais:
Capital | Valor da cesta | Variação mensal (%) | Porcentagem do Salário Mínimo Líquido | Tempo de trabalho | Variação no ano (%) |
Variação em 12 meses (%) |
São Paulo | 437,42 | -3,15 | 49,84 | 100h52m | 3,08 | -1,89 |
Porto Alegre | 435,02 | -3,93 | 49,56 | 100h19m | 1,94 | -4,09 |
Rio de Janeiro | 421,89 | -5,32 | 48,07 | 97h17m | 0,76 | -0,88 |
Florianópolis | 415,27 | -2,36 | 47,31 | 95h46m | -0,80 | -5,59 |
Vitória | 406,43 | -1,76 | 46,31 | 93h44m | 5,51 | -0,75 |
Curitiba | 391,32 | -5,12 | 44,59 | 90h14m | 4,37 | -1,92 |
Brasília | 390,34 | -5,49 | 44,47 | 90h01m | 2,78 | -3,71 |
Cuiabá | 388,43 | -8,67 | 44,26 | 89h35m | 3,11 | -1,67 |
Fortaleza | 379,26 | -3,34 | 43,21 | 87h28m | 3,21 | -5,34 |
Campo Grande | 370,59 | -2,52 | 42,22 | 85h28m | 1,18 | -3,03 |
Goiânia | 366,38 | 0,16 | 41,74 | 84h29m | 1,57 | -5,25 |
Belo Horizonte | 363,28 | -2,85 | 41,39 | 83h47m | 0,46 | -5,32 |
Belém | 361,11 | -5,38 | 41,14 | 83h16m | 1,24 | -7,09 |
Manaus | 355,17 | -3,46 | 40,47 | 81h55m | 2,22 | -1,73 |
Recife | 347,43 | -2,39 | 39,59 | 80h07m | 4,60 | -3,93 |
João Pessoa | 347,15 | -0,76 | 39,55 | 80h04m | 5,35 | -3,95 |
Aracaju | 344,89 | -1,33 | 39,30 | 79h32m | 1,43 | -5,32 |
Natal | 341,09 | -2,85 | 38,86 | 78h40m | 2,99 | -4,76 |
São Luís | 336,67 | -6,14 | 38,36 | 77h38m | 0,76 | -8,41 |
Salvador | 321,62 | -3,42 | 36,64 | 74h10m | 1,57 | -9,98 |
Fonte: DIEESE
Salário – Com base na cesta mais cara, que foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.674,77, ou 3,85 vezes o salário mínimo nacional, de R$ 954,00.
Em junho, tinha sido estimado em R$ 3.804,06, ou 3,99 vezes o piso mínimo do país. Em julho de 2017, o mínimo necessário era equivalente a R$ 3.810,36, ou 4,07 vezes o salário mínimo nacional daquele ano, correspondente a R$ 937,00.
Em São Luís, o trabalhador com remuneração equivalente ao salário mínimo precisou cumprir jornada de trabalho, em julho, de 77 horas e 38 minutos, menor do que a de junho, de 82 horas e 43 minutos. Em julho de 2017, a jornada era de 86 horas e 19 minutos. Em julho de 2018, o custo da cesta em São Luís comprometeu 38,36% do salário mínimo líquido (após os descontos previdenciários). Em junho, o percentual exigido era de 40,87% e, em julho de 2017, de 42,64%.