O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicou que houve aumento nos custos da Construção na ordem de 0,38% no primeiro mês de 2017, mas esta variação foi menor que a de dezembro de 2016 (0,49%), como também, menor que a de janeiro de 2016 (0,55%).
O custo nacional, por metro quadrado (m²), que em dezembro de 2016 fechou em R$ 1.027,30, em janeiro de 2017 subiu para R$ 1.031,21, sendo R$ 531,93 relativos aos materiais e R$ 499,28 à mão de obra, ou seja, o primeiro representa 51,6% e o segundo 48,4% dos custos totais da construção civil.
A parcela dos materiais apresentou variação de 0,14%, em janeiro. Já o valor da mão de obra apresentou variação de 0,64%, 0,38 ponto percentual menor do que a taxa registrada em dezembro de 2016 (1,02%). Contudo, no acumulado de doze meses, até janeiro de 2017, observa-se que a elevação no custo total (6,46%) foi principalmente puxada pelo aumento no preço da mão de obra (10,80%), cujo percentual foi bem superior ao dos materiais (2,66%).
O Nordeste apresentou a segunda maior variação regional em janeiro (0,61%), perdendo apenas para a Região Norte (1,01%). Os custos regionais, por metro quadrado, conforme indicado no Gráfico 1, ficaram em: R$ 1.049,45 (Norte); R$ 954,49 (Nordeste); R$ 1.075,93 (Sudeste); R$ 1.069,08 (Sul) e R$ 1.039,08 (CentroOeste). Estes valores mostram que os custos no Nordeste são os mais baixos do País, sendo 11,3% menores do que os encontrados na região mais cara, o Sudeste.
Nordeste – Quanto aos Estados nordestinos, a Paraíba (R$ 993,01) aparece como o mais caro da Região, embora abaixo da média nacional (R$ 1031,21). Enquanto Sergipe (R$ 905,88) apresenta o menor custo do País, 21,2% menor do que o estado mais caro, Rio de Janeiro (R$ 1149,05).
Cabe mencionar que o Estado de Pernambuco se destacou por apresentar a maior elevação de custos do País, um aumento de 10,85%, no período de 12 meses, até janeiro de 2017. Em seguida vieram Santa Catarina (7,59%) e São Paulo (7,51%). No Nordeste, cuja média foi de 6,1%, a menor variação ocorreu em Sergipe (3,53%), terceira menor variação nacional.
Entre os estados do Nordeste, a Paraíba se destaca por apresentar o maior custo nos materiais de construção (R$ 554,16) e a Bahia, o menor (R$ 490,61), conforme os dados do Gráfico 4. A Bahia também se destaca no custo da mão de obra (R$ 450,66), neste caso, sendo o mais caro da Região, embora 26% menor do que o registrado no estado mais caro do País, Rio de Janeiro (R$ 610,87). Sergipe tem o menor custo nacional da mão de obra (R$ 411,26), 33% menor do que a do Rio de Janeiro.
(Com dados do Etene e IBGE)