No Maranhão, metro quadrado da construção civil chega a R$ 1.000

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AQUILES EMIR

O Maranhão aparece no Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) do mês de março, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (07), com o mais elevado custo da construção civil no Nordeste, ao atingir a marca de R$ 1.000,00 o metro quadrado. O valor chega a ser superior à média da região, que ficou em R$ 960,27.

Em nível nacional, o custo da construção, por meto quadrado, que em fevereiro fechou em R$ 1.033,16, subiu para R$ 1.037,96 em março, sendo R$ 534,22 relativos aos materiais e R$ 503,74 à mão de obra.

O índice apresentou variação de 0,46% em março, ficando 0,27 ponto percentual acima da taxa do mês anterior (0,19%). Com isto, a taxa dos últimos 12 meses ficou em 5,39%, resultado inferior aos 5,77% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. Em março de 2016 o índice foi 0,82%.

A parcela dos materiais teve variação de 0,06%, bem abaixo da taxa registrada no mês anterior (0,37%). Já a parcela de custos referentes à mão de obra teve alta de 0,90%, enquanto havia permanecido estável no mês anterior. Os acumulados em doze meses ficaram em 1,68% (materiais) e 9,65% (mão de obra).

Regiões

A Região Sudeste, com 0,70%, ficou com a maior variação regional em março. Nas demais regiões os resultados foram: 0,15% (Norte), 0,42% (Nordeste), 0,23% (Sul) e 0,25% (Centro-Oeste). Os custos regionais, por metro quadrado, subiram para: R$ 1.052,31 (Norte); R$ 960,27 (Nordeste); R$ 1.085,96 (Sudeste); R$ 1.073,93 (Sul) e R$ 1.042,08 (Centro-Oeste).

Decorrente de pressão exercida pelo reajuste salarial do acordo coletivo, Minas Gerais, com 3,09%, foi o estado com a mais elevada variação mensal. A seguir veio o Maranhão, com 2,51%, também sob impacto de reajuste definido na convenção coletiva.

O Sinapi, criado em 1969, tem como objetivo a produção de informações de custos e índices de forma sistematizada e com abrangência nacional, visando a elaboração e avaliação de orçamentos, como também acompanhamento de custos.

(Com dados do IBGE)

Eis os números apurados nos estados pelo IBGE:

ÁREAS GEOGRÁFICAS
CUSTOS MÉDIOS
NÚMEROS ÍNDICES
VARIAÇÕES PERCENTUAIS
R$/m2
Jun/94=100
MENSAL
NO ANO
12 MESES
BRASIL
1.037,96
519,61
0,46
1,03
5,39
REGIÃO NORTE
1052,31
524,32
0,15
1,29
4,26
Rondônia
1.072,43
597,86
0,34
0,62
2,87
Acre
1.129,48
599,54
0,35
0,20
4,88
Amazonas
1.026,11
502,29
0,46
4,20
2,90
Roraima
1.092,76
453,85
0,32
0,59
5,36
Para
1.038,80
497,90
-0,27
-0,30
4,51
Amapá
1.050,99
510,48
0,02
3,43
4,91
Tocantins
1.101,85
579,34
1,14
1,93
6,51
REGIÃO NORDESTE
960,27
518,74
0,42
1,22
5,24
Maranhão
1.000,12
526,85
2,51
3,07
6,04
Piauí
995,55
661,51
0,30
0,73
4,11
Ceara
957,12
552,75
-0,19
0,30
5,21
Rio Grande do Norte
918,82
463,17
0,32
1,08
4,43
Paraíba
995,28
550,36
-0,16
0,07
6,03
Pernambuco
956,98
511,69
-0,02
2,32
5,85
Alagoas
945,70
472,59
0,41
0,20
4,95
Sergipe
910,04
483,65
0,15
0,65
3,93
Bahia
944,83
500,03
0,20
0,81
4,87
REGIÃO SUDESTE
1085,96
519,80
0,70
1,15
5,76
Minas Gerais
989,86
544,79
3,09
3,23
4,29
Espirito Santo
951,56
527,75
0,23
0,63
6,18
Rio de Janeiro
1.146,09
522,32
-0,06
-0,17
5,04
São Paulo
1.130,40
510,65
-0,17
0,66
6,82
REGIÃO SUL
1073,93
513,58
0,23
0,58
5,46
Paraná
1.062,23
508,00
0,28
0,50
4,90
Santa Catarina
1.142,25
618,78
0,04
0,79
7,04
Rio Grande do Sul
1.027,74
466,54
0,36
0,49
4,81
REGIÃO CENTRO-OESTE
1.042,08
531,99
0,25
0,41
5,40
Mato Grosso do Sul
1.021,10
480,17
0,16
0,41
4,82
Mato Grosso
1.050,84
599,55
0,47
0,51
6,36
Goiás
1.021,87
539,76
0,04
0,47
5,41
Distrito Federal
1.073,01
473,91
0,29
0,19
4,55

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