
O líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara Federal, Paulo Pimenta(RS), e o deputado Henrique Fontana (PT-RS) protocolaram nesta sexta-feira (07), na Procuradoria-Geral da República (PGR), um aditamento à representação encaminhada quinta-feira (06) pedindo a abertura de investigação para apurar possíveis ilícitos criminais e administrativos envolvendo o deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente eleito Jair Bolsonaro, e a futura primeira-dama da República, Michelle Bolsonaro.
Os deputados pedem ampliação das investigações para a família do policial militar Fabrício José Carlos de Queiroz, ex-motorista de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, que é suspeito de ter movimentado de R$ 1,2 milhão em conta bancária, entre 2016 e 2017, valor incompatível com sua renda mensal.
A representação e o aditamento baseiam-se em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que classifica como atípica a movimentação do PM. Dos R$ 1,2 milhão, R$ 320 mil foram em movimentações em espécie, além de saques na mesma agência bancária no valor de R$ 159 mil.
Pimenta e Fontana alegam que as investigações devem ser ampliadas além dos nomes de Flávio Bolsonaro, Michelle e Fabrício Queiroz, pois novas informações apuradas por órgãos de imprensa indicam que a esposa do PM, Márcia Aguiar, e as filhas Nathália Melo de Queiroz e Evelyn Melo de Queiroz podem, em tese, ter participado de ilícitos penais, financeiros e tributários ou até mesmo sido beneficiados pelos eventuais crimes perpetrados.
Os dois parlamentares mostram-se preocupados com a tal “organização familiar” movimentando um volume tão elevado de recursos que chamou a atenção do Coaf, sem se saber, contudo, da procedência.
(Com dados da Agência PT)