
AQUILES EMIR
Destituído da Secretaria Municipal da Saúde de São Luís neste sábado (25), o administrador de empresas Lula Fylho (no registro, à direita, com o prefeito Edivaldo Holanda Júnior) postou uma mensagem em sua conta no Twitter, na qual diz que diz “tudo no tempo de Deus”. A saída do secretário, que é alvo de investigação da Controladoria Geral da União (CGU) e Polícia Federal sob suposto desvio de recursos para combate do covid-19 em sua pasta, foi comunicada pela Prefeitura numa breve nota, sem mencionar o motivo, tampouco o nome do novo titular.
“A Prefeitura Municipal de São Luís informa alteração no comando da Secretaria Municipal de Saúde (Semus). O nome do novo titular do órgão, que assume em substituição ao secretário Lula Fylho, será comunicado posteriormente”, diz a nota, que sequer foi assinada pelo prefeito.
Já o secretário, que até está sexta-feira (24) vinha postando notas com prestação de contas do seu trabalho reagiu com uma mensagem enigmática, como se tivesse sido surpreendido pela decisão do prefeito.
“Nem tudo conseguimos entender na hora do fato. Mas Deus sabe o motivo e prepara o caminho.
Um dia tudo se encaixa perfeitamente e os caminhos vão ficando cada vez mais claros. Tudo no tempo de Deus”, escreveu.
Numa das postagens da noite anterior, Lula Fylho anuncia a troca do adjunto. “Hj reunimos toda equipe da Super. de Abastecimento (Sumapa) e as comissões de compras das demais superintendências para aprensentar o novo Sec Adjunto e a nova Superintendente oficialmente e a equipe de auditoria. Não podemos diminuir o ritmo, a cidade precisa do nosso trabalho”.

Secretário– Lula Fylho está na equipe de Edivaldo Holanda desde 2013. Começou como secretário de Turismo, depois foi transferido para a Secretaria de Governo e em 2017 foi designado para a Saúde no lugar da hoje deputada Helena Duailibe.
No início de junho, a Polícia Federal ea CGU desencadearam a Operação Cobiça Fatal com 14 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de bens e bloqueio de contas dos investigados no valor de R$ 2,3 milhões, que é o valor calculado pela investigação como sendo do superfaturamento na compra de máscaras.
Foram verificados indícios de superfaturamento na compra de 320 mil máscaras, no valor unitário de R$ 9,90. O cálculo da investigação considera que o preço médio praticado no mercado nacional é de R$ 3,17, ou seja, a PF calcula um superfaturamento aproximado de R$ 2.306.600,00.