Dia de campo sobre culturas biofortificadas é realizado em Codó

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Produtor de Mandioca (aipim) da Familia Olbermann de Cruzeiro do Sul RS

Nesta quarta-feira (20), a, Embrapa Cocais, Embrapa Agroindústria de Alimentos e Embrapa Meio Norte realizam na Comunidade Barra do Saco, em Codó, dia de campo dos alimentos biofortificados . O evento vai ensinar como cultivar feijão, milho, batata doce e mandioca biofortificados, desenvolvidos pela Embrapa em parceria com a Rede BioFORT.

O objetivo é combater a desnutrição e garantir segurança alimentar para a população mais carente. O dia de campo tem a parceria do Governo do Estado por meio do Sistema SAF (Secretaria de Agricultura Familiar – SAF e Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e de Extensão Rural do Maranhão – AGERP) e ainda da Prefeitura Municipal de Codó.

O processo de biofortificação é feito com o cruzamento de plantas da mesma espécie, conhecido como melhoramento genético convencional, gerando cultivares mais nutritivas. Além da qualidade nutricional, são também incorporadas boas qualidades agronômicas (produtividade, resistência à seca e pragas), além de boa aceitação pelo mercado.

O projeto, ao longo do tempo, formou uma rede de pesquisadores no Brasil e no exterior que investe em conhecimento técnico-científico da agronomia e da saúde para obtenção de alimentos mais nutritivos, além de transferência de tecnologia de abrangência nacional.

Mais sobre a Rede BioFORT – A Embrapa Agroindústria de Alimentos, localizada no Rio de Janeiro, lidera o projeto BioFORT, que, por sua vez, faz parte da Rede de Biofortificação no Brasil – Rede BioFORT. Esta rede foi iniciada pelo projeto HarvestPlus, financiado pela fundação Bill & Melinda Gates e pelo Banco Mundial, entre outros, e também inclui o projeto AgroSalud, financiado pela Agência Canadense para o Desenvolvimento Internacional (CIDA), ambos coordenados pela Embrapa Agroindústria de Alimentos.

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No Brasil, várias Unidades da Embrapa em colaboração com universidades e centros de pesquisa, prefeituras, produtores e suas associações, governo, organizações não-governamentais e outros parceiros, inclusive internacionais via o Harvest Plus (www.harvestplus.org), congregando mais de 150 pessoas nas diferentes áreas do conhecimento e em 14 estados brasileiros, apoiam os trabalhos da Rede BioFORT.

Essa rede de instituições é responsável pela biofortificação de alimentos básicos da dieta da população, tais como arroz, feijão, caupi, mandioca, batata-doce, milho, abóbora e trigo com maiores teores de ferro, zinco e vitamina A. A essência do programa de biofortificação é enriquecer alimentos que já fazem parte da dieta da população para que esta possa ter acesso a produtos mais nutritivos e que não exijam mudanças de seus hábitos de consumo.

Maranhão colhe os frutos  – No Maranhão, os cultivos biofortificados, implantados desde 2006 pela Embrapa Meio-Norte, estão presentes em praticamente os 217 municípios. A atuação da Embrapa Cocais no projeto abrange duas frentes: as ações advindas do Acordo de Cooperação Técnica entre a Embrapa e o Governo do Estado do Maranhão, assinado em abril deste ano,  para transferência de tecnologia em cultivos biofortificados, visando à segurança alimentar e nutricional, especialmente para as comunidades e regiões mais carentes; e do projeto de transferência de tecnologia e de comunicação empresarial aprovado no âmbito do Macroprograma 4 da Embrapa, que engloba 38 Escolas Casas Familiares Rurais – CFRs, oito projetos sobre os sistemas agrícolas consorciados e 15 sobre Sistemas Integrados Alternativos para Produção de Alimentos, conhecido como “Sisteminha Embrapa”.

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