Eduardo Braide promete, se eleito prefeito, fazer carnaval bancado pela iniciativa privada

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AQUILES EMIR

O deputado estadual Eduardo Braide (PMN), candidato a prefeito de São Luís, promete, se eleito, realizar, a partir do próximo ano, o carnaval de São Luís sem grandes custos para a prefeitura, a exemplo do que ocorre em outras cidades, onde o investimento público é mínimo, ficando a maioria das despesas por conta da iniciativa privada, principalmente indústrias de bebidas, que são as que mais lucram com as festividades.

A ideia do candidato foi reforçada nesta segunda-feira (17), quando participou de um encontro com a classe médica, no Conselho Regional de Medicina (CRM), onde debateu, além de projetos para a saúde pública, outras questões levantadas pela plateia: urbanismo, infraestrutura, segurança, coleta de lixo, turismo, cultura etc.

O candidato lembrou que em 2013, primeiro ano do governo do atual prefeito, Edivaldo Holanda Júnior (PDT), São Luís, pela primeira vez, ficou sem festas de carnaval porque o prefeito, alegando problemas de caixa, optou por não fazer o evento, alegando que daria prioridade aos hospitais públicos, em especial o Djalma Marques, o Socorrão I. Na sua visão, no entanto, faltou criatividade, pois naquele mesmo ano, diante dos mesmos problemas de caixa enfrentados por São Luís, o prefeito de Salvador (BA), Antônio Carlos Magalhães Neto, realizou o da sua cidade, praticamente com dinheiro de empresas.

Eduardo Braide admitiu que ainda não tem detalhada essa proposta, mas diz que chamará as empresas que mais lucram com o carnaval para apresentação de um projeto que será coordenado pela prefeitura e financiado por elas. “O poder público é quem vai definir circuito, desfile de escolas de sambas, ornamentação da cidade, segurança, medidas preventivas de saúde etc, e as empresas serão chamadas a dividir as despesas”, acrescentou, dizendo que não pretende fazer algo parecido com o Rio de Janeiro, onde os desfiles de escola de samba são de responsabilidade da Liga das agremiações, ou seja, nada vai fugir do controle público.

Além das indústrias de bebidas, ele identifica outras empresas que tenham interesse de associar suas marcas ao evento e que podem investir em publicidade nos corredores da folia, mas todo o dinheiro arrecadado tem que ser para custear o carnaval: cachês de escolas e blocos, da Corte de Momo, dos julgadores de desfiles, da estrutura de arquibancadas e camarotes e tudo o mais que implique em investimentos para garantir uma festa de alto nível.

Ainda de acordo com o candidato, a cidade também lucraria com o retorno dado pelos turistas que vão ocupar os hotéis, usar serviços de transportes, restaurantes e mesmo comprar no comércio tradicional. “Com criatividade, vamos devolver a São Luís os bons carnavais”, prega.

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