Eduardo Braide usa os mesmos argumentos de Edivaldo em 2016 para não ir a debates em 2024

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Prefeito só não recusa convocação da Mirante

AQUILES EMIR

Na eleição municipal de São Luís em 2016, ao participar de um debate numa emissora não afiliada à Rede Globo, que hoje ele consideraria “menos importante”, o então deputado estadual Eduardo Braide teve um desempenho tão surpreendente que tirou dois favoritos – Eliziane Gama e Wellington do Curso – do páreo e foi ao segundo turno com o então prefeito, Edivaldo Holanda Júnior. Por pouco não venceu.

Pressentindo que uma série de novos debates – frente a frente, olhos nos olhos – na segunda etapa da campanha o favoreceria, Braide passou a desafiar o adversário para se confrontarem. Desafiou, desafiou, desafiou…, mas Edivaldo fincou pé e disse que só iria ao da Globo, porque este era o mais importante.

Assim fez, assim se reelegeu.

Agora em 2024, os adversários de Eduardo Braide percebem que só há uma maneira de evitar sua vitória no primeiro turno: trazê-lo para os debates, onde seria obrigado a explicar alguns desacertos da sua administração e alguns constrangimentos da política. Desafiam, desafiam, desafiam…, mas Braide fincou pé e diz que só irá ao da Globo, dia 03 de outubro, porque este é o mais importante da campanha.

No vídeo em que fez esse comunicado, Braide, que já recusou participar de quatro debates, não se constrange em dizer que gostaria de mostrar seus programa de governo, por iso aguarda com ansiedade essa data, e mais: está com saudades dos debates, e a população sabe o quanto ele gosta desse tipo de confronto (assista aqui)

Pois bem, neste sábado (28), haverá um debate na TV Cidade (Record TV). Seria uma boa oportunidade para matar parte da saudade dos debates que tanto, mas certamente não irá porque já mandou os eleitores marcarem na agenda apenas o compromisso do dia 03 de outubro.

Os adversários reclamam, contudo vai ser difícil convencer o prefeito e aceitar um debate antes do da Globo. Só haveria um meio: seus adversários firmarem um pacto de não irem ao debate da Mirante se ele não comparecer ao da Cidade, pois o levaria a sofrer uma pressão da família Sarney, dona da Mirante, para que não causasse um constrangimento à emissora diante da sua concessionária, pois seria a única do Brasil a não realizar debate numa capital, e isto a Globo não aceitaria, e certamente a Mirante não aceitaria pagar pelo constrangimento e mandaria um recado ao prefeito para que colaborasse no sentido de não provocar essa crise.

Como os adversários também consideram o debate da Mirante o mais importante dessa campanha, e jamais ficariam de fora dele, vão obedecer as regras impostas pelo prefeito, ainda que isso custe sua vitória no próximo dia 06 de outubro.

E alguns políticos ainda reclamam quando dizem que eles são todos iguais.

 

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