O Partido da Mobilização Nacional (PMN), que tem como presidente do diretório estadual no Maranhão o deputado Eduardo Braide, pré-candidato a governador, decidiu em convenção nacional realizada neste sábado (21), em Brasília (DF), não lançar candidatura própria à presidência da República nem apoiar candidato ao cargo no primeiro turno. Ficou decidido ainda, que os diretórios nos estados estão liberados a fazer coligações majoritárias e proporcionais ou lançamento de candidaturas próprias a governador, vice-governador, senadores, conforme a realidade ou conveniência local.
Eduardo Braide ainda não definiu que rumo o PMN tomará no Maranhão, pois não deixa claro se ainda tem pretensões de disputar o Governo do Estado, qual candidato apoiar em caso de desistência sua e com quais legendas coligará. O mais provável é que dispute uma cadeira na Câmara Federal, cargo que teria ampla facilidade de conquistar.
O encontro ocorreu em meio a uma disputa judicial entre a legenda e a jornalista mineira Valéria Monteiro, ex-apresentadora da Rede Globo que era pré-candidata à Presidência da República. Segundo o presidente da sigla, Antonio Massarolo, os problemas entre Valéria e o PMN se agravaram quando o nome dela não atingiu 3% de intenções de voto nas pesquisas eleitorais. Segundo ele, esse era o pré-requisito para que fosse confirmada como candidata à chefe do Executivo, mas como a meta não foi alcançada o apoio foi retirado.
Em março, já sem apoio da Executiva Nacional do PMN, a ex-apresentadora do Fantástico e do Jornal Nacional, insistiu na pré-candidatura e fez uma carta ao partido na qual abriu mão das verbas dos fundos partidário e eleitoral.
Liminar – Para garantir que a jornalista não fosse candidata, o partido publicou uma resolução vetando candidatura presidencial própria.
Como não era delegada com direito a voto, Valéria foi impedida de discursar na convenção e defender sua candidatura, mesmo pedindo aos gritos a palavra.
Ameaçada de ser retirada do auditório à força pelo presidente do PMN, ela chegou a ser empurrada e segurada por uma mulher que fazia parte da equipe de segurança privada do evento. Em seguida, deixou o local espontaneamente, garantindo que tentará anular a convenção do PMN na Justiça.
Expulsão – A confusão envolvendo Valéria Monteiro não foi a única na convenção do PMN. Também impedido de se colocar como candidato ao Senado pela Bahia, Marivaldo Neves foi expulso por seguranças do auditório, após fazer críticas ao presidente do partido.
De acordo com o presidente da legenda, a pré-candidatura de Neves não foi aceita porque ele não tem “vida partidária”.
(Com dados da Agência Brasil e PMN)