Em palestra no MP, Sarney Filho diz é preciso repensar relação com a natureza

704

O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, participou na tarde desta sexta-feira (02) das atividades do Programa Integrar, desenvolvido pelo Ministério Público do Maranhão para difundir uma cultura de sustentabilidade ambiental na instituição. O evento reuniu diversas autoridades, além de servidores, promotores e procuradores de justiça, e foi realizado na sala dos Órgãos Colegiados do MPMA em alusão à Semana Nacional do Meio Ambiente, comemorada de 1º a 5 de junho em todo o Brasil.

O procurador-geral de justiça, Luiz Gonzaga Martins Coelho, apresentou o Programa Integrar, instituído em 2016, que também criou a Comissão Socioambiental do MPMA com o objetivo de monitorar os resultados e fazer o diagnóstico dos desafios para ampliar a sustentabilidade nas unidades ministeriais. Trata-se de uma mudança de visão a ser difundida e ampliada no Ministério Público. Estamos trabalhando para garantir a economia de água, energia, material de consumo, ou seja, recursos públicos”, avaliou.

Sarney Filho destacou que a mudança climática e a crise hídrica estão se expandindo em todo o mundo, exigindo um esforço coletivo pela sustentabilidade, o que provoca a necessidade de se repensar a relação do ser humano com a natureza. “Refletir sobre a nossa relação com o consumo e com a natureza é fundamental. É necessário adotar práticas sustentáveis mas também irradiar a educação ambiental”, afirmou o ministro.

O ministro disse que o programa do MPMA uma experiência positiva na Administração Pública. “É um exemplo de como fazer sua gestão mais sustentável, tornando-se referência não só no Maranhão, mas em nosso país”.

Demandas – O procurador geral de justiça apresentou ao ministro de Meio Ambiente três pleitos do Ministério Público do Maranhão. O primeiro foi o pedido de participação de Sarney Filho em uma audiência pública, em Açailândia, para tratar da situação do reassentamento das famílias atingidas pelo pólo siderúrgico e industrial na comunidade Pequiá. O pedido foi encaminhado pela promotora de justiça Samira Mercês dos Santos.

O segundo ponto é relacionado às tentativas da bancada ruralista, do Congresso Nacional, de flexibilizar a legislação ambiental brasileira por meio do Projeto de Lei nº 3.729/2004.

A existência de listas de exclusão de atividades, que estariam dispensadas de licenciamento apenas por critérios abstratos, caracteriza grande retrocesso à proteção ambiental. No mesmo sentido, a exclusão da certidão de uso e ocupação do solo nos processos de licenciamento impõe grave violação à autonomia dos municípios”, questionou, Luiz Gonzaga Martins Coelho, no ofício entregue ao ministro.

Sarney Filho afirmou que a tentativa de aprovar o Projeto de Lei nº 3.729/2004 é liderada pelos ruralistas e pelos representantes do agronegócio, que ameaçam as garantias da legislação ambiental. “Nessa resistência, lutamos contra os interesses de setores atrasados do agronegócio e o apoio do Ministério Público, por meio da Abrampa é fundamental”.

Presente no evento, o promotor de justiça e presidente da Abrampa (Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente), Luís Fernando Barreto, enfatizou que o Ministério Público tem encontrado apoio do Ministério do Meio Ambiente no enfrentamento ao retrocesso ambiental proposto pela bancada ruralista no Congresso Nacional.

Ao final, o chefe do MPMA pediu o apoio do ministro junto ao Ministério da Justiça para o financiamento de dois ônibus adaptados a serem utilizados pelas Promotorias Comunitárias Itinerantes na prestação de atendimento à população em diversas comunidades.

(CCOM-MPMA)

DEIXE UMA RESPOSTA

Digite seu comentário!
Digite seu nome aqui