AQUILES EMIR
Quando Flávio Dino (PCdoB) assumiu o Governo do Estado, em 2015, o Maranhão era o 20º no Ranking de Competitividade dos estados, elaborado Centro de Liderança Pública (CLP), à frente do Piauí, Pará, Rio Grande do Norte, Sergipe, Amapá, Acre e Alagoas. Passados quatro anos, o Maranhão encontra-se na penúltima posição, à frente apenas do Acre, conforme ranking de 2018 divulgado nesta sexta-feira (14).
Vários fatores contribuem para esta baixa avaliação do estado, e as mais importantes, apesar de toda a propaganda oficial, são Segurança Pública, Infraestrutura e Solidez Fiscal. Dos setores avaliados, o Maranhão só avançou em três – Educação, Inovação e Sustentabilidade Ambiental – ainda assim de forma bem tímida, enquanto onde os indicadores diminuíram o tombo é assustador, como Potencial de Mercado, que há quatro anos tinha nota 91 e em 2018 baixou para 28,2.
Chama atenção ainda para para uma das maiores bandeiras do governo atual, a Segurança Pública. Em 2015, sua avaliação tinha nota 75,9; em 2016 caiu para 73,9; em 2017 para 43,4 e em 2018 apresentou uma recuperação, atingindo a nota 64,6, ainda assim 11,3 a menos do que era no início do atual governo, o que significa dizer que os números atuais são melhores apenas do que os criados pela própria administração de Flávio Dino.
Outro indicador assustador, até porque é fundamental para tornar um estado competitivo, é o da Infraestrutura. Impressiona como o Maranhão conseguiu cair de uma avaliação de 63,2 para 29,2, ou seja, não houve Mais Asfalto que desse jeito na melhoria de rodovias e das cidades, nem investimento em água e esgoto para melhorar as condições de vida das populações urbanas e rurais.
O melhor desempenho do atual governo foi em Educação. Em 2015, a nota era 17,5 e este ano chegou 21, depois de uma queda em 2017 para 20,2.
Saiba como era o ranking dos estados em 2015 com suas respectivas notas:
- São Paulo (90,1)
- Paraná (79,7)
- Santa Catarina (77,3)
- Distrito Federal (69,8)
- Espírito Santo (67,8)
- Rio Grande do Sul (67,5)
- Minas Gerais (67,3)
- Rio de Janeiro (66,2)
- Mato Grosso do Sul (63,6)
- Goiás (58,2)
- Mato Grosso (52,8)
- Ceará (52,1)
- Pernambuco (51,4)
- Bahia (50,6)
- Paraíba (50,6)
- Roraima (48,0)
- Amazonas (47,9)
- Tocantins (47,2)
- Rondônia (44,7)
- Maranhão (43,1)
- Piauí (41,7)
- Pará (41,4)
- Rio Grande do Norte (40,7)
- Sergipe (35,4)
- Amapá (35,0)
- Acre (34,4)
- Alagoas (23,4)
Confira o ranking geral dos estados mais competitivos em 2018 com suas respectivas notas:
- São Paulo (89,1)
- Santa Catarina (76,6
- Distrito Federal (73,6)
- Paraná (69,8).
- Rio Grande do Sul (60,4)
- Minas Gerais (60,1)
- Mato Grosso do Sul (58)
- Espírito Santo (56,3)
- Paraíba (52,7)
- Goiás (52,6)
- Mato Grosso (52,3)
- Ceará (51,2)
- Rio de Janeiro (45,7)
- Rondônia (45,3)
- Tocantins (42,7)
- Alagoas (42,5)
- Amazonas (40,8)
- Roraima (40,7)
- Rio Grande do Norte (40,6)
- Pernambuco (39,6)
- Piauí (37,9)
- Bahia (37,7)
- Pará (36,9)
- Amapá (34,2)
- Sergipe (33,5)
- Maranhão (32,6)
- Acre (31,4).
Ranking – De acordo com a CLP, a intenção do ranking é avaliar a administração pública, diagnosticar e eleger prioridades. Assim, além de promover boas práticas entre os líderes estaduais, auxilia o cidadão a entender quais as questões mais urgentes em seus estados para escolher políticos que tenham boas propostas focadas nessas questões. A intenção é que os governos estejam mais alinhados e conscientes em relação aos seus desafios e possam utilizar essa ferramenta para eleger quais são suas prioridades.
O CLP é uma organização sem fins lucrativos e apartidária voltada para desenvolver líderes públicos empenhados em promover mudanças transformadoras por meio da eficácia da gestão e da melhoria da qualidade das políticas públicas. A instituição oferece aos líderes instrumentos práticos para ajudá-los a mobilizar e engajar a sociedade em mudanças eficazes, com ética e responsabilidade.
Veja no ranking como foi o desempenho do Maranhão em quatro anos:
SETOR | 2015 | 2016 | 2017 | 2018 | BRASIL |
Potencia de Mercado | 91 | 48,2 | 36,6 | 28,2 | 38,1 |
Infraestrutura | 63,2 | 45 | 44,6 | 29,2 | 44,2 |
Solidez Fiscal | 80,4 | 43,8 | 73,3 | 68,2 | 71,2 |
Segurança Pública | 75,9 | 73,9 | 43,4 | 64,6 | 73,9 |
Capital Humano | 23,2 | 30,3 | 15,5 | 13,7 | 34,4 |
Educação | 17,5 | 21,3 | 20,2 | 21 | 49,3 |
Sustentabilidade social | – | – | – | – | 48,9 |
Inovação | 7,9 | 7,6 | 9,5 | 10 | 28 |
Sustentabilidade Ambiental | 13,6 | – | 16,5 | 14,1 | 51,6 |