Embrapa aprova três projetos para serem desenvolvidos na Amazônia Maranhense

1870

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) aprovou três projetos com  apoio do Fundo Amazônia para serem executados na Amazônia maranhense. São eles: Mais Sementes, Inovaflora e Terramz. Para a execução das atividades, vão ser criados grupos de trabalho para atuarem em sintonia com políticas públicas, iniciativas locais e por meio de abordagem participativa, para dar voz também às comunidades que atuam no bioma Amazônia.

O Fundo Amazônia se realiza por meio do Projeto Integrado da Amazônia, do qual participam as Unidades da Embrapa na Amazônia e ainda as que outras que tenham expertise para complementar os estudos da região, visando à produção e manejo sustentável desse bioma. Busca promover a produção e a disseminação de conhecimentos e tecnologias voltadas para a recuperação, a conservação e o uso sustentável da Amazônia.

Também agrega ações de transferência de tecnologia, interação social e comunicação para o desenvolvimento, visando à compreender a diversidade ambiental da Amazônia, que requer distintas soluções para seus problemas.

Segundo a pesquisadora na área de serviços ambientais da Embrapa Cocais Vera Gouveia, quando foram propostas o Mais Sementes, Inovaflora e Terramz, as parcerias já estavam definidas entre Embrapa, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e Associação, Educação e Meio Ambiente (EMA). Depois, percebeu-se que outras instituições públicas do Maranhão seriam necessárias para desenvolver o projeto, como as secretarias da Agricultura Familiar (SAF), do Meio Ambiente (Sema) e da Agricultura e Pecuária (Sagrima), além da Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Agerp),  Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Fundação Nacional do Índio (Funai), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

“A grande riqueza é produzir esse conhecimento em articulação com as instituições, para ter visão de futuro, continuidade além do tempo do projeto, que é de dois anos, para que seus efeitos se propaguem mesmo depois de finalizado. A oficina possibilitou a abordagem territorial do desenvolvimento e buscou assegurar, por meio da participação de diversos atores, o direcionamento de ações conjuntas para a transformação da realidade social”, completa Vera. Para tal, a programação da oficina contou com palestras de todos os parceiros para identificar as possibilidades de articulação de suas ações no âmbito do projeto.

 -

Projetos – Os três projetos em execução no Maranhão complementam esforços para encontrar soluções eficientes de controle do desmatamento e degradação florestal e demais problemas advindos desse cenário de devastação, levando em consideração as necessidades das partes envolvidas e de acordo com os requisitos do Código Florestal e do Licenciamento Ambiental.

O projeto Inovaflora trata da experiência de restauração florestal e recuperação de áreas degradadas, especialmente em assentamentos do Incra. A esperança fica por conta do plantio de espécies sabiá, que tem grande poder de regeneração dos solos, mas que ainda precisa ser estudada como promissora para restauração ambiental.

Dentro dessa concepção de restauração dos passivos ambientais, há um segundo projeto, o Mais Sementes, concebido para fortalecer a cadeia produtiva de sementes e mudas nativas da Amazônia e que se propõe a estudar a cadeia produtiva de sementes arbórea-arbustivas nativas (usadas para restauração florestal), bem como as populações tradicionais que preservam esse conhecimento, entre outros temas.

E, por último, o projeto Terramaz, de mapeamento participativo e gestão territorial em áreas de assentamento para ordenamento da propriedade florestal, visando a construir um jogo de ganha-ganha, dentro dos requisitos legais e atendendo as necessidades dos assentados.

DEIXE UMA RESPOSTA

Digite seu comentário!
Digite seu nome aqui