Empresários reclamam da omissão do Município diante de nova ameaça de greve dos rodoviários

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SET não entende posição distante e omissa do Município

A decisão do Sindicato dos Rodoviários (Sttrema) de entrar em estado de greve desde esta quarta-feira (02), traz ainda mais insegurança para a população e para as empresas que operam o sistema, já tão desgastado e fragilizado com a última greve geral, realizada em outubro do ano passado, agravando os problemas trazidos pela pandemia de covid-19 e com os sucessivos aumentos no preço dos combustíveis e outros componentes para manutenção da frota em operação. A opinião é do sindicato patronal do setor.

A diretoria do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) lembra que há dois anos não há reajuste da tarifa pública de remuneração das empresas pelo serviço de transporte que prestam à população, “por sinal, a tarifa mais baixa entre todas as capitais do Brasil (R$ 3,70)”.

Pelos cálculos do SET, o prejuízo mensal que as concessionárias deste serviço público amargam é de mais de R$ 6 milhões, entre 2020 e 2021.

Reunião no SET, dia 27/01, com Rodoviários, MOB e relator da CPI dos Transportes, vereador Álvaro Pires

Tarifas – Enquanto as capitais brasileiras avançam nas discussões e soluções dos problemas por que passam o seu sistema de transporte, a omissão do Município de São Luís preocupa o SET – Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros. O mesmo não responde a nenhum ofício ou convocação para as reuniões entre SET e Rodoviários.

Vale lembrar, nesse contexto, que Brasília (DF) e São Paulo (SP) resolveram subsidiar parte do sistema porque o mesmo já não se sustentava sozinho, e também para não jogar a conta somente no bolso dos passageiros pagantes. Mais recentemente as prefeituras de Goiânia (GO) e de Fortaleza (CE) fizeram o mesmo.

Recife (PE) estaria caminhando para a mesma solução, enquanto em Belo Horizonte (MG) as tarifas dos ônibus coletivos metropolitanos ficaram mais caras desde 31 de janeiro. O aumento foi de 13%. A tarifa mais usada passou de R$ 5,85 para R$ 6,60.

Para a diretoria do SET, essa situação só tende a se agravar ainda mais, com um sistema a ponto de entrar em colapso: “Além das empresas, que há anos acumulam prejuízos, estamos preocupados com o que pode acontecer, pois uma nova paralisação trará ainda mais desgaste e prejuízos para a população e todo o comércio de São Luís”.

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