Com aumentos de energia e combustíveis, São Luís tem a terceira maior inflação nas capitais

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São Luís teve percentual menor apenas que Salvador

O Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a oficial da taxa de inflação, foi de 0,89% no mês de maio, o terceiro maior entre as capitais brasileiras.  Energia elétrica e combustíveis sobre os quais incidem uma das maiores incidências de ICMS do país, foram os principais responsáveis por esse percentual, divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com os números, São Luís teve percentual menor apenas que Salvador (BA) e Campo Grande (MS). O índice na capital da Bahia, o maior do país, foi de 1,11%, em virtude da variação de 18,45% na energia elétrica, e na do Mato Grosso do Sul, 1,02%. O índice do Brasil foi de 0,40%.

Ainda em São Luís, segundo o IBGE, os itens pertencentes aos grupos de habitação e transportes foram os que mais impactaram no índice de inflação de maio. Segundo os dados, os preços da energia elétrica residencial (variação de 5,57%), que faz parte da habitação, e da gasolina (variação de 3,78%), que faz parte do transporte, foram os subitens com as maiores variações percentuais.

No que diz respeito à energia elétrica, a mudança da bandeira tarifária de verde, em abril, onde não houve cobrança adicional, para amarelo, em maio, contribuiu esse percentual de 0,89% da inflação em São Luís. Também houve aumento de PIS/COFINS, o que também influenciou nessa taxa.

Por outro lado, houve uma redução nos preços do tomate (7,27%), arroz (1,99%) e do gás de botijão (1,85%), itens esses que também fazem parte da cesta de produtos analisados.

Energia contribuiu para aumento da inflação em São Luís, diz IBGE

Desde maio, os resultados do IPCA passaram a ser divulgados também para os municípios de São Luís, Aracaju (SE) e Rio Branco (AC). Elas serão somadas às regiões metropolitanas de Belém (PA), Fortaleza CE), Recife (PE), Salvador BA), Belo Horizonte MG), Vitória (ES), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), além de Brasília (DF) e dos municípios de Goiânia (GO) e Campo Grande (MS). Com isso, são ao todo 16 locais, aumentando a representatividade do Norte e Nordeste no cálculo da inflação do país.

Veja o índice da inflação nas cidades pesquisadas: 

IPCA – Variação mensal, ano e 12 meses por região
RegiãoPeso RegionalVariação (%)
AbrilMaio
Salvador6,12%0,341,11
Campo Grande1,51%0,731,02
São Luís1,87%0,89
Recife4,20%0,330,75
Porto Alegre8,40%0,400,75
Vitória1,78%0,190,64
Goiânia3,59%-0,180,53
Curitiba7,79%0,080,44
Rio Branco0,42%0,40
Aracaju0,79%0,37
Fortaleza2,91%0,280,34
Belém4,23%0,350,28
Rio de Janeiro12,06%0,300,28
São Paulo30,67%0,100,19
Belo Horizonte10,86%0,220,18
Brasília2,80%0,400,15
Brasil100%0,220,40
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

Índice – O IPCA é utilizado pelo Banco Central como um medidor oficial da taxa de inflação no Brasil, oferecendo a variação dos preços para o consumidor final. A pesquisa objetiva saber quais foram os preços cobrados ao consumidor em estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços, domicílios (para verificar valores de aluguel) e concessionárias de serviços públicos. Em geral, a coleta dos dados acontece de 1° ao dia 30 do mês de referência, comparados com os preços praticados nos 30 dias anteriores a esse do mês de referência.

São considerados nove grupos de produtos e serviços: alimentação e bebidas; artigos de residência; comunicação; despesas pessoais; educação; habitação; saúde e cuidados pessoais; transportes; e vestuário. Eles são subdivididos em outros itens. Ao todo, são consideradas as variações de preços de 465 subitens em todo o Brasil.

(Com dados do IBGE)

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