Equipe Zeus da Uema fica em 13° em competição da SAE Brasil

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A Equipe Zeus AeroDesign, formada por estudantes de Engenharia Mecânica da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), obteve na 19º SAE Brasil AeroDesign 2017 um dos seus melhores desempenhos nesta competição. Ela ficou na 13ª colocação nacional, ficou em 2º lugar nas regiões Norte/Nordeste e obteve a 2ª melhor retirada de carga. Foram os melhores resultados alcançados durante os dez anos de participação da equipe na competição.

“Conquistamos o 13° lugar na categoria que tinha 60 equipes inscritas, ficamos à frente do ITA, do Instituto Militar de Engenharia (IME) e de outras instituições que têm mestrado e doutorado nessa área. Mesmo com as limitações estruturais e de conhecimentos específicos, a equipe Zeus mostrou que não participa apenas por participar, mas vai para ganhar”, disse o capitão da equipe, Lucas Campelo.

A competição, realizada em São José dos Campos (SP), reuniu 95 equipes de todos o país e também do exterior. O desafio é destinado a alunos de engenharia e física. Eles têm que construir aeronaves rádio controladas de estrutura leve, mas capazes de suportar grandes cargas. “Desenvolvemos tecnologia que pode ser aplicada à indústria aeronáutica. O que projetamos sofre o mesmo rigor que as aeronaves comerciais, mas em escala menor”, revela um dos membros da equipe,  Rodrigo da Silva Miranda.

A equipe Zeus projetou a aeronave batizada de Hércules, com 2 metros de envergadura, peso de 2,5 kg e que suporta cargas de 10 kg . Conforme o regulamento da SAE Brasil deste ano, a aeronave tinha caber dentro de um cone de 75 cm de altura e 2 metros e 90 centímetros de diâmetro.

De acordo com Lucas Campelo, construir uma aeronave para carregar peso não é tão simples. “Para construir uma aeronave de carga tivemos que fazer cálculos de aerodinâmica, estabilidade, estrutura, cargas. Procedimentos semelhantes aos que são aplicados em aeronaves comerciais. O que diferencia o aerodesign do aeromodelismo é toda a engenharia por trás do projeto.” afirmou.

Durante seis meses, os integrantes da equipe fizeram testes de vôo e implementaram ações para cumprir os requisitos do regulamento. Depois apresentaram um relatório à comissão julgadora composta por engenheiros aeronáuticos do ITA e da Embraer.

Após essa etapa, as equipes participaram de uma série de baterias de classificação e de vôos livres. A soma dos pontos obtidos em cada bateria e na apresentação do relatório gerou a pontuação final.

Para o engenheiro José Antônio Mohana, um dos orientadores da equipe, essa atividade prepara os estudantes para o mercado de trabalho. “Eles têm que encarar isso como uma preparação para vida profissional. Eles não estão aqui para construir aeronaves, mas para construir o futuro. Nós, orientadores, estamos somente oferecendo suporte para que eles consigam fazer essa trajetória da melhor forma”, afirmou.

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