Na Série D, Maranhão estreia contra Potiguar e Cordino pega Santos do Amapá

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O Campeonato Brasileiro Série D 2017 promete ser o mais disputado desde o surgimento da quarta divisão do futebol nacional, em 2009. Pela primeira vez, a tabela da competição é divulgada com todos os seus participantes já definidos. Ao todo, são 68 clubes na disputa, com representantes dos 26 estados brasileiros e Distrito Federal. A Primeira Fase do campeonato começa no dia 21 de maio.

“A definição antecipada dos clubes foi possível a partir da resolução da CBF de que os clubes garantiriam vaga para a Série D com base na colocação obtida nos campeonatos estaduais do ano anterior. Desta forma, os clubes conseguem se planejar melhor para a disputa, com garantia de calendário no decorrer do segundo semestre”, comenta Manoel Flores, diretor de Competições da CBF.

Até 2016, os classificados eram conhecidos após a conclusão dos campeonatos estaduais disputados na mesma temporada. A partir de agora, os clubes envolvidos com a disputa da Série D passam a contar com calendário de competições para os dois semestres, como já acontece com participantes das séries A, B e C. São nove meses em que as equipes estarão envolvidas em pelo menos dois campeonatos, de acordo com o Calendário do Futebol Brasileiro: Campeonato Estadual, entre os meses de janeiro e maio e o Campeonato Brasileiro Série D, de maio a setembro.

Entre as vantagens da garantia de calendário está a possibilidade de firmar contratos mais longos com os jogadores, na montagem de uma base para todo o ano. O planejamento financeiro também é facilitado, já que as agremiações podem criar projetos mais longos de investimento junto a patrocinadores, visando todas as competições do ano.

O presidente do clube goiano Aparecidense, Wilson Queiroz Filho, ressalta a melhoria de condições para a obtenção de recursos com a novidade.

“A definição da vaga no ano anterior facilitou bastante para o nosso clube para a negociação com patrocinadores. Antes procurávamos apoio para o campeonato estadual e depois voltávamos nas mesmas empresas para a disputa do brasileiro. Agora já apresentamos um plano para todo o ano. A garantia de calendário também facilitou a negociação com a Prefeitura, já que não precisamos trabalhar para a aprovação de dois projetos no mesmo ano”, declarou.

Warton Lacerda, presidente do Altos-PI, ressalta que o conhecimento prévio dos adversários garante uma vantagem competitiva, já que os clubes podem “buscar o máximo de informação sobre estrutura, estádio, torcida, para não ser surpreendido”:

“Nós nos preparamos desde a pré-temporada em dezembro para enfrentar todo esse calendário que tem o Campeonato Piauiense, Copa do Brasil, Copa do Nordeste e a Série D. Então, o time já está pronto esperando a tabela sair para que a gente consiga trabalhar em cima dos nossos prováveis adversários e buscar o acesso. É o que nós almejamos”, explicou.

João Rêgo, presidente da Portuguesa, do Rio de Janeiro, disse que sua equipe vai se reforçar melhor para tentar fazer uma melhor campanha. “Vamos nos esforçar para ir um pouco mais longe do que no ano passado. No outro ano disputamos pela primeira vez, mas agora a gente vai entrar um pouco mais vivo. Nós estamos nos planejando e observando os jogadores que estão disputando o Carioca com a gente, para selecionarmos os que vão continuar para a Série D”.

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Mais clubes – A Série D foi ampliada com a inclusão de mais 28 clubes no ano passado, passando de 40 para 68 participantes.  A CBF apoia todas os clubes, arcando com os custos de taxa de arbitragem, passagem aérea, alimentação e hospedagem das delegações.

“A entidade realiza grande investimento na melhoria de estrutura para os clubes que disputam a quarta divisão do futebol nacional, bem como se empenha para evolução nas questões técnicas da competição. O objetivo da CBF é fomentar o esporte em todo país, contribuindo principalmente com os clubes que possuem menor visibilidade e capacidade financeira, pois os mesmos são potenciais formadores de futuros craques para o futebol brasileiro”, afirmou André Pitta, diretor de Desenvolvimento e Projetos da CBF.

Modelo de disputa – A quantidade de vagas por estado foi definida por meio de critérios técnicos, de acordo com o Ranking Nacional de Federações (RNF) 2017: quatro vagas para a federação melhor colocada, três vagas para as federações que ocupam entre a segunda e a nona posição e duas vagas para as demais; completam a lista os quatro clubes rebaixados na Série C em 2016.

O sistema de disputa da Série D consiste em 17 grupos de quatro clubes cadaAvançam para a Segunda Fase os primeiros de cada grupo e os 15 melhores segundos colocados, em soma de 32 clubes. A partir desta etapa, a competição é disputada em sistema de mata-mata, com mais cinco fases até a definição do título.

(Fotos: O Imparcial)

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