Estados Unidos anunciam criação de canal direto com Coréia do Norte

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Investigações apontam que o meio-irmão do líder norte coreano Kim Jong-Un (foto) foi morto por uma versão mais mortal do gás sarin KCNA/Divulgação/EPA/Agência Lusa

O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson,  admitiu neste sábado (30) que os Estados Unidos têm um canal de comunicação direto com a Coreia do Norte para tentar negociar um acordo de desarmamento nuclear com Pyongang.  Direto de Pequim, na China, onde se reuniu com o presidente chinês Xi Jinging,

Sem entrar em detalhes, Tillerson afirmou aos jornalistas que  os Estados Unidos “estão investigando” as possibilidades de conversação por meio de um contato direto entre Washington e Pyongang.  “Nós temos linhas de comunicação para Pyongyang”, afirmou após o encontro com o presidente chinês.

“Estamos investigando, portanto, fiquem atentos”, afirmou Tillerson aos repórteres na China. O jornal americano New York Times já havia publicado que os governos dos Estados Unidos e da Coreia do Norte  tem “comunicação direta”, sobre os testes nucleares”.

Os jornalistas perguntaram se os Estados Unidos trabalhariam com a China para se comunicar com a Coreia do Norte. Tillerson disse que não. “Diretamente… nós temos nossos próprios canais”.  Essa semana até o Pentágono defendeu a diplomacia para lidar com a crise, assim como a Coreia do Sul afirmou ainda haver saída diplomática para evitar uma guerra na região.

Empenho – Na conversa com repórteres, o secretário de Estado também afirmou que a China tornou-se profundamente preocupada com o programa de mísseis nucleares da Coréia do Norte. Para ele, o país asiático está trabalhando muito para convencer Pyongyang a retomar negociações para um acordo de desarmamento.

As declarações de Tillerson foram feitas após uma reunião entre ele, e o  presidente chinês, Xi Jinping, em Pequim, capital chinesa.

O secretário de estado norte-americano chegou à Àsia na última quinta-feira (28), em busca de cooperação na região e para tentar apaziguar a situação na península coreana, que vive sob  a tensão de um conflito, com a escalada de agressões entre o presidente Donald Trump e Kim Jong-Un.

Mas ele também defendeu que os ânimos sejam apaziguados. “Eu acho que a ação mais imediata que nós precisamos é acalmar as coisas”, afirmou, Tillerson aos repórteres.

No discurso antes da reunão com o presidente chinês, Tillerson afirmou que os Estados Unidos “não reconheceriam a Coréia do Norte como uma potência nuclear” e afirmou que a Casa Branca não tem a intenção de derrubar o regime de Kim.

Manobras – As forças aéreas de Coreia do Sul e dos Estados Unidos fizeram novas manobras aéreas conjuntas ao norte de Seul, no meio das tensões com a Coreia do Norte, informou neste sábado (30) o comando unificado de ambos os exércitos.

Os exercícios militares aconteceram em uma data não divulgada e incluíram unidades aéreas de vários regimentos dos dois países, segundo o Comando do Pacífico dos Estados Unidos (USPACOM).

“Os exercícios de campo permitiram às tropas sul-coreanas e americanas aumentar o seu conhecimento mútuo dos sistemas de armamento, com a meta de reforçar a cooperação entre as suas unidades”, explicou o comando em comunicado.

Trata-se da primeira vez em que os aliados ensaiaram exercícios aéreos defensivos de curto alcance no país asiático, manobras orientadas a repelir eventuais incursões de aeronaves norte-coreanas, segundo o USPACOM.

(Agência EFE)

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