Estados Unidos atacam Síria em resposta ao uso de armas químicas

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira (06) que ordenou um ataque militar a uma base aérea na Síria. Trump afirmou que a ofensiva é uma resposta ao uso de armas químicas pelo governo do presidente Bashar Al Assad na terça-feira (04).

Segundo o presidente, com o ataque químico, Assad “sufocou a vida de muitos homens, mulheres e crianças indefesas”. “Foi uma morte lenta e brutal para muitos”. Trump disse que o ataque foi feito contra a mesma base aérea de onde o governo de Bashar Al Assad lançou o ataque químico.

Trump disse que é do interesse da segurança nacional dos Estados Unidos prevenir e deter a proliferação do uso de armas químicas mortais. “Não pode haver nenhuma dúvida de que a Síria utilizou armas químicas banidas, violou suas obrigações perante a Convenção sobre as Armas Químicas e ignorou os pedidos do Conselho de Segurança”, disse Trump.

O presidente também disse que “chama todas as nações civilizadas para se juntar aos Estados Unidos para colocar um fim ao massacre e ao derramamento de sangue na Síria e para colocar um fim ao terrorismo de todos os tipos”.

Relatos da mídia norte-americana dizem que foram mais de 50 mísseis Tomahawk lançados contra a Síria e que os Estados Unidos teriam informado a Rússia sobre a iminência do ataque. O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reuniu para debater o ataque químico, porém, mais uma vez, a votação de uma resolução foi barrada por oposição da Rússia – o país já barrou, ao lado da China, sete tentativas de aprovar uma resolução condenando o regime de Bashar Al Assad.

Conselho da ONUNa reunião dessa quarta-feira, a representante dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Nikki Haley, havia dito que, quando a ONU “falha consistentemente em seu dever de agir coletivamente, há momentos na vida dos Estados que nós somos levados a agir por conta própria”, o que já sinalizava para uma possível ação militar dos Estados Unidos.

Dados divergentes – As informações dadas pelo representante russo ao Conselho de Segurança, contudo, não coincidem nem com a hora nem com o local apresentados em relatórios de autoridades locais e organismos de direitos humanos sobre o ataque.

Conforme disse à Agência Efe, Osama al Siada, presidente do Conselho Local de Khan Sheikhoun e uma das testemunhas do ocorrido, o ataque aconteceu por volta das 6h50, no horário local, e os lugares atingidos foram três pontos do norte da cidade e um do centro. De fato, o Observatório dos Direitos Humanos da Síria estava noticiando os fatos duas horas antes da hora que Safronkof mencionou.

Na mesma reunião do Conselho, um representante da Síria, que foi convidado a participar embora seu país não seja membro do órgão, disse que as denúncias eram “invenção” de algumas nações ocidentais. Ele também negou categoricamente que as forças armadas sírias tenham usado armas químicas no conflito iniciado nesse país em 2011. “Nunca usamos e nunca usaremos”, assegurou.

(Agência EFE)

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