EUA e Reino Unido barram itens eletrônicos em voos vindos da África e Oriente

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Os governos dos Estados Unidos e do Reino Unido anunciaram hoje (21) novas regras para o transporte de bagagem de mão em voos vindos de aeroportos de países do norte da África e do Oriente Médio. As novas normas determinam que os passageiros não poderão levar na bagagem de mão itens eletrônicos maiores do que um celular. Aparelhos maiores, como laptops, tablets, filmadoras e câmeras terão de ser despachados.

As novas medidas dos EUA afetam dez aeroportos de oito países: Egito, Jordânia, Turquia, Arábia Saudita, Kuwait, Marrocos, Catar e Emirados Árabes Unidos.

Os chefes do Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kelly, e da Administração de Segurança de Transportes, Huban Gowadia, dizem que as medidas são necessárias para aumentar a segurança dos passageiros. As companhias aéreas afetadas têm até esta sexta-feira (24) para adotar as novas regras por prazo indeterminado.

Segundo o governo americano, as decisões foram tomadas com base em investigações de órgãos de inteligência que mostram que “grupos terroristas continuam tendo como alvo a aviação comercial e estão indo agressivamente atrás de métodos inovadores em seus ataques, incluindo o contrabando de itens explosivos em diversos bens de consumo”.

A Anistia Internacional condenou as novas restrições, que classificou como “intolerância fantasiada de política pública”, e disse que elas podem colocar em risco jornalistas e ativistas de direitos humanos, que terão de entregar laptops com informações importantes para serem despachados, “o que pode potencialmente comprometer suas fontes”.

Reino Unido acompanha

Já o Reino Unido foi mais a fundo nas orientações e disse que quaisquer telefones, laptos e tablets medindo mais do que 16 x 9,3 x 1,5 centímetros não serão mais permitidos a bordo de voos com destino ao país e com origem em seis países: Turquia, Líbano, Egito, Arábia Saudita, Jordânia e Tunísia.

Segundo o secretário de Estado para os Transportes britânico, Chris Grayling, o país está enfrentando uma ameaça constante de terrorismo e deve responder de acordo para “garantir a segurança do público contra aqueles que querem nos fazer mal”.
Agência Brasil

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