Ex-governador Garotinho é preso quando apresentava seu programa na Tupi

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O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho foi preso na manhã desta quarta-feira, 13, durante a transmissão do programa apresentado por ele na Super Rádio Tupi. Os agentes da Polícia Federal estiveram por volta das 10h30 na porta da emissora, em São Cristóvão, Zona Norte carioca.

A Polícia Federal cumpriu mandado de prisão domiciliar quando o apresentador comandava o programa ‘Show do Garotinho’, que vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 9h às 11h. O ex-governador deixou a transmissão durante intervalo comercial. O carro da PF levou Garotinho para Campos dos Goytacazes, cidade do norte fluminense onde ele terá de cumprir prisão domiciliar.

Como o Garotinho foi levado pelos agentes da Polícia Federal durante o comercial, ao retornar a sua programação, a direção da Super Rádio Tupi escalou um substituto, que mentiu para o público. O comunicador não avisou que o titular havia sido detido em pleno estúdio. A alegação foi que, entre o início e o fim do intervalo, o apresentador “vai se cuidar” porque a “voz foi embora”.

Fraude em eleições – Anthony Garotinho é réu em decorrência da Operação Chequinho, que investiga suposta fraude nas eleições municipais de Campos no ano passado com o uso do programa assistencial Cheque Cidadão. A ordem de prisão foi emitida pelo juiz Ralph Manhães.

O ex-governador já havia sido preso preventivamente em novembro de 2016 – após decreto do juiz Glaucenir Silva de Oliveira –, junto com vereadores do município fluminense. Na ocasião, o apresentador da Super Rádio Tupi obteve habeas corpus do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em junho, o Ministério Público (MP) pediu a prisão de Garotinho, após a testemunha-chave da Operação Chequinho, Elizabeth Gonçalves dos Santos, denunciar à PF ter sofrido ameaças para não detalhar esquema que envolveria compra de votos em troca do cadastramento no programa Cheque Cidadão.

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