
O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) Fabrício Queiroz foi preso no início da manhã desta quinta-feira (18), numa operação da polícia de São Paulo. Queiroz, que é policial militar reformado, foi encontrado em um imóvel do advogado do senador em Atibaia, no interior paulista.
A ação que prendeu Queiroz é do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e da Polícia Civil paulista. No Rio, agentes cumprem mandados de busca e apreensão em uma casa da família Bolsonaro, em Bento Ribeiro, na Zona Norte.
A prisão do PM faz parte de desdobramento da investigação que apura esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), que é o desvio de públicos por meio da devolução parcial de salário pelos assessores. Ele também é investigado por lavagem de dinheiro por transações imobiliárias com valores de compra e venda fraudados.
Queiroz é investigado pelo Ministério Público do Rio (MPRJ) após um relatório do Coaf, revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo, em dezembro de 2018, apontar movimentação atípica em sua conta de R$ 1,2 milhão.
Em abril do ano passado, a Justiça determinou a quebra do sigilo fiscal e bancário do PM, do senador Flávio Bolsonaro e de outras 84 pessoas, além de nove empresas, entre 2007 e 2018.
Rachadinha – Queiroz era lotado no gabinete do parlamentar à época em que Flávio Bolsonaro era deputado estadual. O seu nome consta em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que aponta uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta em nome do ex-assessor.
O relatório integrou a investigação da Operação Furna da Onça, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro, que prendeu deputados estaduais no início de novembro do ano passado.
Contra outros suspeitos de participação no esquema (o servidor Matheus Azeredo Coutinho, os ex-funcionários Luiza Paes Souza e Alessandra Esteve Marins e o advogado Luis Gustavo Botto Maia), o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro obteve na Justiça a decretação de medidas cautelares que incluem busca e apreensão, afastamento da função pública, comparecimento mensal em juízo e a proibição de contato com testemunhas.
(Com informações da Agência Brasil e do jornal O Dia)