Edson Fachin reage a pressão do Exército ao Supremo revelada em livro do General Villas Boas

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Ministro não gostou de ver revelada a pressão à Suprema Corte

O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin reagiu nesta segunda-feira (15) à revelação que consta no livro General Villas Boas – Conversa com o Comandante, organizado pelo jornalista Celso Castro, em que assegura que as mensagens postadas em 2018 teve aval do alto comando do Exército. Para Fachin, é “intolerável e inaceitável qualquer forma ou modo de pressão injurídica sobre o Poder Judiciário”.

A fala foi motivada pela revelação de que a cúpula do Exército redigiu uma nota do general Eduardo Villas Bôas sobre a atuação do STF em um julgamento de um habeas corpus impetrado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

À época, o general postou duas mensagens em sua conta no Twitter. Na primeira, indagou: “Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do País e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?”

Em seguida, fez uma afirmativa: “Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais”.

General Villas Bôas: conversa com o comandante por [Celso Castro]

Entrevista – O livro de Villas Boas, segundo a FGV, que é responsável pela sua impressão, é resultado de aproximadamente 13 horas de entrevistas com o general Villas Bôas, realizadas em agosto e setembro de 2019. A entrevista seguiu o modelo de uma história-de-vida, indo desde as origens familiares até o tempo presente.

“Está aqui registrado o que o general Villas Bôas quis deixar como suas memórias a respeito de sua trajetória de vida, de suas ideias sobre a realidade nacional e de como vivenciou eventos políticos decisivos, com atenção especial ao período em que foi comandante do Exército Brasileiro (5 de fevereiro de 2015 a 11 de janeiro de 2019). O livro, como uma fonte documental inédita, contribui para uma melhor compreensão sobre a história recente do Brasil, na visão do comandante de uma de suas instituições mais importantes”.

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