Fala de Jair Bolsonaro de que corre risco no Brasil acende desconfiança no governo e no Judiciário

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Autoridades monitoram ex-presidente por risco de fuga

Nesta sexta-feira (19), o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu o título de cidadão goiano, e ao receber a homenagem disse que sabia o risco que correia em solo brasileiro. A fala foi interpretada como um recado de que pode deixar o país.

“Estive três meses nos cEstados Unidos, no estado da Flórida, realmente um estado fantástico, mas apesar de ter sido acolhido muito bem, não existe terra igual a nossa. Sei dos riscos que corro em solo brasileiro, mas não podemos ceder”, afirmou.

A fala do ex-mandatário se refere às investigações da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma delas, há a suspeita de sua participação em um esquema de venda ilegal de presentes recebidos em viagens oficiais de Estado. O dinheiro obtido com a venda, diz a PF, seria destinado a ele.

Diante disso, membros do governo brasileiro e da Justiça já monitoram um eventual risco de fuga por parte de Bolsonaro, segundo a coluna de Jamil Chade no UOL.

Segundo a mídia, a corte recebeu um requerimento solicitando uma medida cautelar para que o passaporte do ex-presidente seja retido. A iniciativa foi da deputada Erika Hilton e do deputado Pastor Henrique Vieira, ambos membros da CPMI.

Sem estar indiciado ou nem sequer convocado para prestar depoimento sobre o caso, o ex-presidente pode sair a qualquer momento do país e não existe, neste caso, qualquer possibilidade de que ele possa ser barrado antes de embarcar.

Mesmo assim, a situação é acompanhada “de perto”. Um dos temores, neste caso dentro do Itamaraty, é de que uma fuga obrigaria o Brasil a pedir sua extradição, caso ele fosse denunciado, relata a mídia.

O clima é de tensão para família Bolsonaro, visto que, até o momento, de todos os inquéritos que o ex-presidente responde, a venda das joias é o que mais o conduz a problemáticas criminais sérias.

Seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro, postou neste sábado (19) no X (antigo Twitter) um pedido para que aliados do ex-mandatário “parem com esse negócio de prisão”.

Para o ex-ministro da Justiça, Eugênio Aragão, o rumo das investigações da CPI do 8 de Janeiro – outra investigação que Bolsonaro está envolvido e que ganhou forte capítulo com o depoimento do hacker Walter Delgatti Neto quinta-feira (17) – já dá espaço para a prisão preventiva do ex-presidente.

“A gravidade das acusações de Delgatti denota evidente risco à ordem pública e possibilidade, até, de risco à instrução criminal. Cabe prisão preventiva para investigar. A prisão preventiva de Bolsonaro é uma perspectiva real”, disse o ex-ministro ao Estado de São Paulo.

(Com informações da Agência Agencia Sputnik)

1 COMENTÁRIO

  1. Um artigo tendencioso, com viés esquerdista, feito com o intuito de perseguir o ex presidente. um lixo escrito por dementes militantes. devem estar sendo bem pagos.

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