A Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema), por meio do Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC), realizou duas reuniões por videoconferência com os superintendentes do Banco da Amazônia, Diego Lima, e do Banco do Nordeste, Hailton Fortes. Os bate-papos virtuais têm o objetivo de saber sobre as ações de apoio das instituições financeiras para as empresas industriais maranhenses em decorrência dos impactos socioeconômicos gerados pela pandemia da covid-19, situação que coloca em risco a sobrevivência do parque fabril do Estado. A ação visa conhecer o que os Bancos estão disponibilizando para as empresas nesse cenário.
“Sabemos que todos os setores passam por dificuldades nesse momento. O setor industrial quer saber das instituições financeiras o que elas podem oferecer nesse momento de crise, onde cerca de 80% do empresariado maranhense se encontra em dificuldades financeiras”, afirmou o superintendente da Fiema, César Miranda.
O superintendente do Basa, que se reuniu com os empresários na segunda-feira (11), o banco está se adaptando a essa nova realidade e lançando soluções específicas para esse período de pandemia, entre elas, a prorrogação de parcelas, adiamento de boletos e crédito para folha de pagamento. “Esse momento é ímpar. O banco precisa entender a necessidade do cliente. Estamos trabalhando para isso. Esse é um momento sem precedentes onde precisamos ter a prioridade de fazer com que nossos clientes saiam dessa crise!”, destacou Lima.
O Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) Emergencial- covid-19 deve promover a recuperação e a preservação das atividades econômicas nos setores produtivos, industrial, comercial e de serviços, em municípios com estado de calamidade pública decretada na área de atuação do FNO, que compreende a região amazônica. Ao todo, serão R$ 2 bilhões.
Destinada ao setor não rural, a linha foi criada a partir da Resolução 4.798, do Banco Central, editada em 6 de abril passado. O FNO Emergencial se destina a pessoas jurídicas de qualquer porte, pessoas físicas que desempenhem as suas atividades produtivas de maneira informal e que estejam enquadradas no Programa Nacional do Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO).
Para quem precisa investir, o limite de crédito é de até R$ 200 mil. Já para capital de giro, o financiamento é de até R$ 100 mil. Para o Micro Empreendedor Individual, o valor para financiamento é de até R$ 20 mil e, para capital de giro, de até R$ 5 mil. As microempresas podem financiar até R$ 40 mil.
O prazo de financiamento para investimento é de até 12 anos, incluída a carência que se estende até 31 de dezembro de 2020, ou seja, o tomador só começa a pagar a partir de janeiro de 2021. Para capital de giro, o prazo é de até 24 meses, também com carência até o último dia deste ano e início de pagamento para janeiro do ano que vem.
BNB – Nesta terça-feira (12), a reunião online foi com o superintendente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Hailton Fortes que também colocou o banco à disposição do empresariado e parabenizou a FIEMA pela iniciativa.
Segundo Fortes, o BNB trabalha com três diretrizes: aumento da disponibilidade de crédito, renegociação de dívidas/prorrogação do pagamento de parcelas e cuidado com a saúde do funcionário do banco e com o cliente.
No Maranhão, o BNB estão ofertando crédito a empreendedores de sua área de atuação, em condições especiais, em decorrência da pandemia.
“É possível financiar investimentos e capital de giro, com taxa de 2,5% ao ano e possibilidade de carência até 31 de dezembro deste ano. O Banco também está suspendendo as parcelas de financiamentos, vencidas e vincendas entre 07 de janeiro e 31 de dezembro deste ano, ficando essas parcelas a serem pagas a partir de 2021, de acordo com a característica de cada operação”, destacou Fortes.
A oferta de crédito tem como foco especial empreendimentos comerciais e de serviços. Podem solicitar o financiamento pessoas jurídicas que desenvolvem atividades produtivas não rurais, incluindo cooperativas. Com essas ações, o Banco do Nordeste atua para recuperar e preservar tais segmentos econômicos.
Se a necessidade do empreendedor exige investimentos em construções, aquisições de bens de capital e serviços e, também, capital de giro associado, os limites são de até R$ 200 mil, de acordo com o perfil do cliente. O prazo para pagamento é de até 12 anos, com possibilidade de carência até 31 de dezembro de 2020. Para concessão do financiamento para investimentos, faz-se necessário comprovar que o recurso será destinado a enfrentamento do contexto de calamidade gerado pela disseminação da covid-19.
Já para aqueles que necessitam formar e manter estoques, ou até mesmo cumprir despesas com salários e outras contribuições, há oferta de até R$ 100 mil em capital de giro, de acordo com o perfil do cliente. O prazo para pagamento chega a 24 meses, com possibilidade de carência até 31 de dezembro deste ano.