Num contundente pronunciamento, de um carro de som, na Avenida Paulista, em São Paulo (SP), na manhã deste domingo (30), onde ocorreu uma das maiores manifestações em defesa da candidatura de seu pai a presidente da República, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisa ir urgentemente para um presídio, pois o Brasil não pode ser confundido com o PCC, que funciona recebendo ordens da cadeia.
Ele se referia ao Primeiro Comando da Capital, organização criminosa que recebe ordens do seu chefe, Marcola, que despacha da sua cela num presídio de São Paulo bilhetes aos comandados no mesmo estilo que o ex-presidente Lula vem fazendo, ao passar ordens a petistas e outros seguidores, sendo um dos principais coordenadores da campanha de Fernando Haddad a presidente da República.
Segundo Eduardo, seu pai, Jair Bolsonaro, deve vencer a eleição ainda no primeiro turno, caso não haja fraude. “Se a urna [eletrônica] não for fraudada, vai ser no primeiro turno”, proclamou. Num vídeo, exibido durante a manifestação, o presidenciável também pregou confiança na vitória. “A diferença será tão grande que será impossível qualquer possibilidade de fraude”, declarou Jair Bolsonaro.
A manifestação, denominada #EleSim, que ocorreu em diversas outras cidades do Brasil, foi uma resposta dos bolsonaristas aos protestos #EleNão deste sábado (29), que reuniu simpatizantes de Ferando Haddad (PT), Marina Silva (Rede), Guilherme Boulos (PSOL) e até mesmo de Geraldo Alckmin (PSDB). Os participantes puxaram palavras de ordem como “mito”, “ele sim”, “eu vim de graça”, “fora PT” e a “nossa bandeira jamais será vermelha”.
Com críticas centradas em Lula e no PT, Eduardo Bolsonaro fez críticas também ao candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, que é ex-governador do estado. “Alckmin, não adianta usar marqueteiro, não adianta fazer propaganda”, disse ele, referindo-se aos ataques do tucano contra o seu pai.
Sobre o ex-presidente Lula, que está recolhido numa sala da Polícia Federal em Curitiba (PR), onde cumpre pena de prisão por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Eduardo Bolsonaro disse que “não vamos deixar o país se igualar ao PCC, que recebe ordens de presidiários”.