CONVERSA FRANCA
Apesar de sempre recorrer às Sagradas Escrituras, quando deseja justificar seus atos, o governador Flávio Dino (PCdoB) esqueceu de consultar os Evangelhos antes de montar a estratégia para derrotar o senador Weverton Rocha (PDT) na eleição da Federação dos Municípios (Famem) a fim de enquadrá-lo politicamente por conta da rebeldia na eleição municipal do ano passado.
Antes de embarcar para seu gozo de férias, Flávio Dino orientou o seu vice, Carlos Brandão, que iria substituí-lo, a montar uma ação junto aos prefeitos para eleger Fábio Gentil (Republicanos), prefeito de Caxias, e impor uma derrota a Erlanio Xavier, de Igarapé Grande, apoiado por Weverton, mas não deu certo, por isto perdeu. O que Flávio Dino não se deu conta é que ninguém iria acreditar na versão de que não teve nada a ver com isto, só porque estava fora do estado, já que tudo vinha sendo articulado dentro do Palácio, onde tudo ocorre somente sob sua concordância.
Em Lucas 8, 16-18, lê: “Ninguém acende uma lâmpada para escondê-la debaixo de uma vasilha ou colocá-la debaixo da cama”, e completa: “Ora, nada há de escondido que não venha a ser descoberto. Nada há de secreto que não venha a ser conhecido e se tornar público. Olhai, portanto, a maneira como ouvis! Pois a quem tem será dado, e a quem não tem, até aquilo que julga ter lhe será tirado!”
Perdendo sua banca no Senado?
A propósito de mais este embate que lhe desfavorece a alarga o fosso entre aliados ao governo, Flávio Dino, na eleição de 2014, elegeu Roberto Rocha como seu senador e menos de dois anos depois já estavam rompido. Em 2018, disse que perdeu um, mas iria ganhar dois senadores, com a eleição de Weverton Rocha e Elziane Gama (Cidadania), porém em menos de dois anos parece que já perdeu, e se duvidar hoje deve ter apenas metade de um, ou melhor de uma.
Roseana lembra cirurgia de pulmão
Ao comemorar o anúncio, para quarta-feira, dia 20, do início da vacinação contra Covid-19 em São Luís, a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) lembrou que das 24 cirurgias a que se submeteu, uma foi de pulmão, ou seja, sabe da importância de se imunizar a população contra uma doença que afeta violentamente os aparelhos respiratórias.
Preocupada com o fim da Ford
Sem nunca ter manifestado qualquer preocupação com o fechamento de empresas no Maranhão, como foi o caso da rede supermercadista Maciel, em São Luís, a fábrica de Cimento Nassau, em Codó, e muitas outras que sacrificaram centenas de empregos dos seus conterrâneos, a senadora Eliziane Gama (Cidadania), decidiu opinar sobre o fechamento da Ford. “Em dezembro, foi a Mercedes. O mercado tem suas regras, mas certamente os fatos demonstram que faltam ao governo federal políticas industriais e de emprego competentes. Lamentável”, escreveu em suas redes sociais. Se estivesse mais atenta a essas questões, verificaria que a empresa desde 1986 ensaia sair do país, como escreve Fernando Calmon, especialista em veículos.
Finge que não vê
O Ministério Público, que foi tão rigoroso com organizadores de festas de Réveillon e promete ser mais ainda com quem pretende organizar bailes carnavalescos, finge que não viu, mas a eleição na Federação dos Municípios (Famem) nesta quinta-feira (14) foi um festival de aglomeração. Prefeitos, vice-prefeitos, assessores, jornalistas etc se juntaram sem máscaras para acompanhar o processo eleitoral e comemorar a vitória do eleito, Erlanio Xavier (PDT), prefeito de Igarapé Grande. Ali estavam representantes de 214 municípios, aos quais cabe também cuidar da saúde da população, mas a culpa pelas mortes continua sendo de apenas uma pessoa.
Estoque de oxigênio em Manaus
A Polícia do Amazonas descobriu nesta quinta-feira (13), em Manaus (AM), um estoque de oxigênio na residência de um empresário. Disse ele que escondeu o produto para evitar saque no seu imóvel comercial, mas desconfia-se que estava especulando, ou seja, a população não ajuda e a culpa de tudo o que se passa na cidade é apenas do poder público.