Flávio Dino quer tirar o Maranhão do “mapa vermelho” onde entrou pelo alto índice de covid

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Governador anuncia medidas para conter a pandemia

Ao conceder entrevista na manhã desta segunda-feira (08) sobre as medidas que estão sendo tomadas para conter a pandemia de covid-19, o governador Flávio Dino (PCdoB) admitiu que o Maranhão está na tendência de ampliação de alta dos casos. No mapa do Brasil, o estado que durante muito meses se manteve na zona azul ou amarela (estável ou queda) agora está na área vermelha.

Segundo o governador, “o esforço agora é fazer com que o estado volte ao cenário de estabilidade e para isso, é preciso reforçar as medidas de contenção para que se mude a atual realidade. A ocupação de leitos – clínicos e de UTI”.

De acordo com o governador, para garantir o atendimento de quem se contaminar, o estado está abrindo o maior número de leitos possível, para evitar o colapso hospitalar. Em Imperatriz, são três unidades mantidas pelo Governo, implantação do Hospital de Campanha, além da rede conveniada para atender aos casos de coronavírus. Em 2021, somam 487 leitos – de UTI e clínicos – abertos pelo Governo para atendimentos da Covid-19.

Vacinação – O governador destacou que, após o decreto estadual, os municípios maranhenses avançaram na vacinação. De 47, aumentou para 197 o número de cidades que alcançaram mais de 60% de imunização. O índice garante o recebimento de novas vacinas, conforme pontua o decreto.

“Tivemos grande avanço na aplicação de vacinas ou alimentação do sistema e agradeço os esforços das prefeituras. Vamos continuar trabalhando juntos para avançar na vacinação”, enfatizou Flávio Dino.

Sobre a compra de vacinas pelos estados, o governador pontuou um erro de ação federal, no segundo semestre do ano passado, em não adquirir vacinas; e a aposta em utilizar apenas uma vacina. Dino informou que há esforços dos estados para que a China destine insumos ao Butantan, para produção dos imunizantes. Ainda, o consórcio de governadores busca fabricantes e o Maranhão está em diálogo com duas alternativas.

“O que queremos é que a vacina chegue. Se o Governo Federal resolver comprar, ótimo. Estamos tratando de contratos e as negociações existem há mais de um mês. Mas há baixa oferta e burocracias de ordem federal. Até agora, nenhum estado conseguiu comprar vacinas diretamente”, informou o governador.

Medidas sociais – Pontuando as ações sociais e educativas, o governador citou a TV Educação, canal educacional 10.2, com transmissão de aulas para a rede pública estadual. Ainda, radioaulas na Rádio Timbira, iniciando dia 15 deste mês; materiais impressos e chips de internet. “Temos esse esforço multimídia, único no Brasil com esta dimensão, para garantir o aprendizado dos estudantes do ensino médio”, disse o governador.

Entre ações relativas à desaglomeração, pontuou a aumento de coletivos no transporte Expresso Metropolitano semiurbano. São 12 veículos extras e a soma de 100 viagens em três dias. No apoio à população, abertura do Restaurante Popular em Marajá do Sena, sorteio do programa Minha Casa Melhor (1.300 cartões de R$ 600), entrega de novas ambulâncias e 100 mil cestas básicas distribuídas.

Integram as medidas, ainda, o edital Conexão Cultural, com inscrições abertas a partir do dia 10 de março. São mil vagas de R$ 1,5 para a classe artística, com o objetivo de amenizar os efeitos da pandemia; e também prorrogação do pagamento do IPVA com 10% de desconto. “Temos esse conjunto de ações sociais para, dentro dos limites legais do Governo do Estado, cumprir essa ação social com as famílias”, ressalta Flávio Dino.

Novas medidas – Sobre as novas medidas do último decreto, o governador ressaltou que irá avaliar o cenário, mas a ideia é manter algumas medidas, a exemplo da suspensão das aulas presenciais na rede. “As restrições sanitárias não são fruto de decisão pessoal, são devido às condições sanitárias. É um momento especialmente desafiador que estamos vivendo e que pode mudar de acordo com o cenário sanitário”, disse.

Na sexta-feira (12), o governador fará nova análise quanto ao cenário da doença e medidas de contenção.

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